Cataratas de Iguaçu, vista de uma das partes
Barragem de Itaipu
Cataras de Niagara. Vista aérea a partir do lado canadiano.
O autor, nas cataratas de Niagara, em 2009
Indústria turística
O exemplo das cataratas
Numa altura em que, instigados por um órgão de informação local, dois vereadores em princípio opostos, debatem os problemas locais ligados ao desenvolvimento económico, ou à falta dele (ver crónica anterior), pareceu útil apresentar dois exemplos de êxitos turísticos transfronteiriços, um na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos, outro na fronteira entre o Brasil e a Argentina.
As cataratas do Niagara, no rio do mesmo nome, separam (ou unem?) dois países de língua inglesa, na povoação homónima Niagara falls. As quedas de água podem ser vistas livremente, tanto de uma lado como do outro, excepto em pequenos troços mais favoráveis, que são pagos. Todavia, à boa maneira capitalista, para ir ver de mais perto, há os circuitos de barco, obviamente pagos, mas com impermeável descartável incluído no preço do bilhete. (ver imagem)
Na outra extremidade do continente americano, fazendo fronteira entre a Argentina e o Brasil, ficam as impressionantes cataratas de Iguaçu, muito mais vastas e potentes que as americanas. Há longos passadiços de ambos os lados, que muito facilitam a visita, mas cujos bilhetes de acesso não são propriamente baratos. Nas proximidades, a gigantesca barragem de Itaipu, com 25 turbinas geradoras, é propriedade mista Brasil- Paraguai, e pode ser visitada gratuitamente num autocarro da empresa que circula livremente entre os dois países. Promoção a quanto obrigas...
Excluindo a central eléctrica de Itaipu, cujo negócio é a produção e venda de energia eléctrica, e não o turismo, a preocupação é ganhar dinheiro vendendo bilhetes, e assegurando condições dignas de acolhimento. Não ouvi ninguém falar em promoção da terra, ou em ocupar a população em tarefas comuns, em nenhum dos locais que visitei. Parece tratar-se de preocupações exclusivamente tomarenses. Porque será?
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