Cumprindo com qualidade a sua função informativa, a Rádio Hertz contactou a Agência Portuguesa do Ambiente, no sentido de obter esclarecimentos sobre a poluição do rio Nabão. Segundo a notícia que pode ser lida clicando aqui, na sua resposta, aquele organismo governamental escreveu a dado passo este belo naco de prosa: "Da análise já feita por um dos municípios às redes de saneamento, já foram detectadas algumas ligações incorrectas, [de esgotos domésticos ao colector de esgotos pluviais], situações que irão ser corrigidas."
Procurando informar-se com mais detalhe, Tomar a dianteira consultou a lista dos 308 concelhos portugueses, não tendo encontrado nenhum com esse nome de "um dos municípios". Razão mais do que suficiente para que a Rádio Hertz solicite um esclarecimento afinal bem simples: como estão em causa apenas Tomar e Ourém, é cuco ou mocho?
Ainda na mesma mensagem do organismo governamental citado pela Rádio Hertz, sobressai esta magnífica construção frásica: "...a contaminação apresenta fortes indícios de contaminação fecal." Pudera! Era o que faltava, que a poluição não apresentasse indícios de poluição. Todavia, para além deste português que apresenta fortes indícios de poluição por deficiente manuseio, o importante era saber qual a verdadeira natureza dos indícios detectados: coliformes fecais? outros micro-organismos? de origem humana? de origem animal? de ambas?
Há um mês que a senhora presidente da câmara prometeu publicamente aos tomarenses o resultado das análises mais detalhadas, para daí a uma semana. Pelos jeitos as ditas estão a ser muito mais complicadas que o previsto, e por isso muito mais demoradas.
Na tosca opinião de Tomar a dianteira, deve ser porque, no mapa, de Lisboa para Tomar é sempre a subir., mas na realidade acontece sempre o oposto. Da cidade templária para a cidade alfacinha, é que é sempre a subir. E o laboratório de análises deve ser na capital. Só pode. Se calhar no próprio palácio de S. Bento...
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