terça-feira, 3 de abril de 2018

Cada vez pior

É consensual dizer que, apesar de situada a hora e meia de Lisboa, agradável e com um património invejável, Tomar é pouco ou nada atractiva para os investidores e empresários. Para tal situação contribuem dois factores principais, igualmente conhecidos: 1 - Uma burocracia muncipal asfixiante e de uma lentidão desesperante; 2 - Custos permanentes nitidamente mais elevados que noutros concelhos da zona.
Sobre o primeiro ponto e unicamente para os mais ditraídos, menciona-se mais um caso que dá ganas de arrepelar os cabelos. Da ordem de trabalhos da reunião camarária de hoje, 02/02/2018, consta o ponto 03 - Plano de pormenor do Parque desportivo ao Açude de pedra. Um assunto do tempo do Paiva, portanto com mais de dez anos. Pois resolveram agora iniciar alterações para adaptação à classificação como monumento de interesse público, e respectiva zona especial de protecção", nos termos de uma Portaria de 13 de Maio de 2013. Mais de 40 anos após o encerramento da Fábrica de Fiação, agora é que resolveram classificar uma parte ínfima do seu património? Com que intuito?

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Vista aérea do Açude de pedra

Será que este pretenso escol de funcionários superiores e eleitos municipais que há em Tomar, vivem neste mundo? Estarão convencidos que os cidadãos estão todos ao serviço da autarquia e devem submeter-se sem discussão às suas delongas e decisões, por mais despropositadas e serôdias que sejam?
Na área dos custos permanentes, água cara e taxas exorbitantes, os tomarenses já estão habituados. Pois preparem-se que vêm aí mais aumentos. Basta ler, com alguma atenção, a ordem de trabalhos da reunião camarária de hoje:
a) - Ponto 04 da Ordem de Trabalhos: Os SMAS conseguiram um saldo positivo de 361 mil euros em 2016, mas registaram um prejuízo de 239 mil euros em 2017;
b) - Ponto 07 da OT: 1ª revisão orçamental dos SMAS, no valor de73 mil euros.
c) - Ponto 23 da OT: Contratação de empréstimo de 1 milhão e100 mil euros para os SMAS.
d) - Ponto 31 da OT: Actualização da taxa de recursos hídricos (TRH) para 2018.
Já percebeu, ou quer que lhe faça um desenho? Em vez de criar condições para atrair empresas e investidores, reduzindo a burocracia e as despesas improdutivas, baixando tarifas e taxas, em Tomar estamos cada vez pior. Com a aprovação tácita dos tomarenses. Mesmo daqueles que depois protestam pela calada por isto e mais aquilo, não se dando conta da origem do mal que os e nos afecta.
Uma pergunta a fechar: O empréstimo dos SMAS-Tomar ainda será para pagar dívidas deixadas pelos malandros do PSD?

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