É quase unânime a opinião segundo a qual este blogue é do contra. Compreende-se. Numa terra com uma população cujas principais qualidades não são de certeza a participação cívica, nem a leitura, nem a análise, quem age de forma diferente só pode ser uma ovelha ranhosa. Que destoa no rebanho. Com todo o respeito pelas outras. Isto para acrescentar que, apesar dessa reputação, de tempos a tempos, Tomar a dianteira também é a favor.
De resto, pensando bem, quando se é contra, é-se implicitamente a favor do oposto. Um exemplo recente: Quando aqui se escreveu questionando o facto de, contrariando a tradição, não terem desmontado o açude do Mouchão, estava-se a apoiar de facto a solução oposta -a desmontagem do açude. Outro tanto acontece quando se alerta nomeadamente para a falta de sanitários públicos. Subentende-se que se apoiaria a construção ou reabilitação desses equipamentos, caso houvesse vontade municipal para tanto.
Sanitários próximos de Sta. Maria dos Olivais
Sanitários antigos na Cerrada dos cães
Sanitários da Rua da Fábrica de fiação
Porta norte dos novos sanitários da Cerrada dos cães
Pois agora é disso mesmo que se trata. De sanitários e de apoio explícito e antecipado. Na reunião de ontem, 02 de Abril, o executivo municipal aprovou por unanimidade os pontos 10 e 11 da OT, determinando a transferência para a Junta de freguesia urbana, em regime de comodato, das sentinas públicas junto à igreja de Santa Maria e na Rua da Fábrica da fiação.
Crê-se que a ideia terá sido do senhor Augusto Barros, presidente da junta urbana. Tratando-se de um autarca capaz, mais de obras que de palavras vãs, resta apoiar aplaudindo, e aguardar que as coisas melhorem. O que também não é assim muito difícil, tendo em conta a triste situação actual.
Aproveitando o ensejo e mesmo tendo em conta que alguns consideram tratar-se de um assunto de caca, aqui se pede à autarquia e ao senhor Augusto Barros que transfiram também para a Junta os antigos sanitários da Cerrada dos câes, lá em cima, junto ao castelo. Estão fechados desde a abertura da cafetaria do Castelo, em cujo subsolo ficam as novas instalações sanitárias, mas impõe-se a sua reabertura quanto antes, por dois motivos: 1 - Para aceder às novas casas de banho, só passando pelo interior da cafetaria, uma vez que o concessionário mantém a porta norte sempre fechada, ou impedida com uma cadeira; 2 - Por incrível que pareça, as novas instalações sanitárias não têm acesso para deficientes nem para carrinhos de bébé (ver foto supra).
De Tomarense franco para Tomarense franco: -É para quando, ó ti Augusto?
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