quarta-feira, 11 de abril de 2018

Promessas de políticos

Há algum tempo, a senhora presidente da Câmara prometeu intervir junto da empresa que executa as obras na Sinagoga, no sentido de aquele templo hebraico estar de novo aberto aos visitantes em Março. Suponho que por causa da Pêssach, a páscoa judaica. E não é que cumpriu mesmo? Segundo informações recentes, com alguma sorte, a Sinagoga vai estar de novo aberta aos turistas em Março... de 2019! Calha mesmo bem.  É ano de Festa dos Tabuleiros.


Fotos de F.H. obtidas em 10/04/2018

Outra promessa com a mesma origem, foi a de que, no fim de semana de há já três semanas, seriam conhecidos os resultados mais detalhados das análises à água do Nabão, e revelados os nomes dos prevaricadores. Ou pelo menos a localização dos focos de poluição.
Tal não aconteceu ainda, supõe-se que devido ao facto de entretanto terem encarregado a PSP de perseguir os coliformes fecais, que fugiram do laboratório de análises, onde se procedia à sua identificação completa. Sem fotografias e nada habituados a semelhantes fugitivos, de merda como se sabe, compreende-se que os agentes daquela honrada corporação de segurança levem o seu tempo.
Conhecedores da situação, os manhosos e usuais causadores da poluição vão aproveitando para, pela calada da noite, efectuarem as suas descargas. Um deles engata ao seu tractor um daqueles reservatórios de 15 mil litros, que dantes despejava em terrenos dos vizinhos, mas agora tem vindo a fazê-lo a partir da margem do rio. Dá menos nas vistas e incomoda menos a pituitária dos vizinhos. Outros limitam-se a abrir as comportas. Seguem a velha máxima, segundo a qual a água lava tudo, mas esquecendo a segunda parte: Menos a consciência de cada um.

Foto de José Jorge, em 09/04/2018

Duas perguntas finais, apenas retóricas porque sem qualquer esperança de que surtam algum efeito, mesmo mínimo, ou venham sequer a ser respondidas: 
Até quando vamos ter de aturar situações destas? 
E se os eleitos e alguns funcionários superiores passassem a receber só passados oito meses a um ano, tal como acontece nesta altura com os fornecedores da autarquia?

Sem comentários:

Enviar um comentário