Mudança do Centro de vacinação

Prevaleceu o bom senso

Centro de vacinação já não vai para a Escola Santa Iria

Segundo a Rádio Hertz, que cita a srª presidente da Câmara, o Centro de vacinação já não vai para a Escola Santa Iria, graças a uma louvável atitude solidária do Sporting Clube de Tomar, que colocou a sua sede à disposição para o efeito. A sede do Sporting está situada no subsolo do Pavilhão Jácome Ratton, no r/c do qual já funcionou o Centro de vacinação.

https://radiohertz.pt/tomar-coronavirus-centro-de-vacinacao-ja-nao-ira-ficar-na-escola-santa-iria-sporting-de-tomar-disponibilizou-a-sua-sede-para-receber-estrutura/

É uma vitória do bom senso, da democracia e do direito à indignação, a qual torna evidente que afinal havia opções muito mais favoráveis e menos prejudiciais para instalar o Centro de Vacinação. Caso os prejudicados, -pais, professores e funcionários- não tivessem contestado, de forma indignada, tão estranha escolha, o mais provável é que a Câmara não teria recuado, pelas razões já antes aqui expostas.

Segundo a actual versão municipal, a escolha do ginásio da Escola Santa Iria foi uma imposição dos responsáveis regionais de saúde, a ACES. Mas desde quando é que uma autarquia é obrigada a aceitar, sem discussão prévia, as decisões de organismos não eleitos pelo povo? ´

Logicamente, uma vez malograda a tentativa de retaliar contra um dirigente escolar, graças  à coragem cívica da comunidade educativa da Escola Santa Iria, todos procuram justificar a sua posição, aproveitando para eventualmente lavar daí as mãos, como fez Pilatos. Há todavia, em todo este processo, contornos que só enganam quem quer ser enganado.

Venceu o direito à indignação. O espírito de Mário Soares, estará decerto muito contente. Porque foi o fundador do PS o primeiro a defender em Portugal esse direito. E pagou por isso. Foi mandado para o exílio em S. Tomé.

Mais uma vez, foi feita a demonstração de que vale sempre a pena contestar. de forma ordeira. Em democracia, a vontade partilhada livremente por um grupo, é sempre superior à de uma pessoa, seja ela quem for. Mesmo quando diga "Não há ninguém mais forte do que eu."