quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

 


Autarquia - Orçamento - Planeamento

Tão perto e tão diferentes

Reforçando o que aqui foi escrito anteriormente, acaba de ser publicado na informação local o Orçamento para 2022 e as GOP para 2022-2027 do Município de Ourém: 
Que diferença em relação a Tomar! Desde logo no planeamento. Enquanto os oureenses apresentam um plano a médio prazo para cinco anos, 2022-2027, em Tomar acharam suficiente um plano para o próximo ano. O que demonstra que em Ourém há planeamento e visão de futuro, enquanto em Tomar o executivo anda às aranhas. Apresentam umas coisas para o próximo ano, e depois? "Depois logo se vê!". Não sabem nem têm a menor ideia.
Outro aspecto que choca é a atitude de quem preside ao município. O presidente de Ourém anuncia um aumento de 10,9% no orçamento, com o investimento previsto a passar de 19 milhões em 2021 para 26 milhões em 2022. Enquanto isto, em Tomar a presidente procurou justificar um aumento de 6% com despesas de pessoal e outras impostas pelo governo.
Finalmente, no que concerne a impostos, a meter-nos a mão no bolso, Ourém acompanha o movimento geral, reduzindo alguns, com destaque para a derrama, que os comerciantes com volume de negócios inferior a 150 mil euros deixam de pagar. Vinte quilómetros ao lado, a maioria socialista tomarense achou melhor manter o saque fiscal em vigor, não alterando qualquer taxa. Dá a ideia que os residentes nabantinos têm de pagar mais porque é um privilégio morar em Tomar. Falta agora a Câmara explicar em que consiste afinal esse privilégio.
Para melhor entendimento de toda esta problemática, eis um excerto da crónica da economista Helena Garrido no Observador de 21/12/2021:
 "Porque o que vemos em muitas autarquias é que têm dinheiro a mais para as funções que desempenham, razão pela qual as vemos a gastar dinheiro em iniciativas e projectos discutíveis. Já se fez algum trabalho nesse sentido na Educação. Mas é preciso ir mais longe na Saúde, para não vermos os centros de saúde no estado em que alguns estão, ou até na segurança, que permitiria dar melhores condições de trabalho à polícia."

Actualização

As luminárias do costume, vão alegar, como habitualmente, que Ourém vai de vento em popa, mesmo em tempo de crise, "porque têm Fátima". Tomar a dianteira 3 ignorava que a senhora que apareceu na azinheira agora também já é competente em planeamento e atracção de investimento.
Não será antes aquele preceito católico "Ajuda-te e Deus ajudar-te-à" que tem feito falta em Tomar?

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