terça-feira, 21 de dezembro de 2021

 


Autarquia - Orçamento 2022 - Planeamento


SACAR A QUEM TRABALHA


Reúne hoje à noite a Assembleia Municipal. Entre outros pontos da OT, vão votar o orçamento e as GOP para 2022. Escreve-se votar, porquanto nem o prévio debate nem a decisão final prometem surpresas. Nem grandes nem pequenas. Em Tomar estamos assim. Acomodados. O costume.
A imprensa de ontem noticiou que na capital, o presidente Moedas, honrando o seu patronímico, decidiu distribuir umas moedas pelos sacrificados contribuintes. Reduziu a percentagem municipal do IRS, de 5 par 2,5%. Também ontem, a Câmara de Santarém, alarmada com o declínio e a fuga da população, votou favoravelmente a redução de todos os encargos fiscais a nível local:
https://omirante.pt/politica/2021-12-20-Santarem-reduz-IMI-para-o-valor-mais-baixo-do-seculo-d71a31b6
Tanto em Lisboa como em Santarém, as reduções da carga fiscal tiveram o voto favorável dos vereadores socialistas. Custa por isso entender o que se passa em Tomar.
A Câmara não reduz nenhum dos encargos fiscais, anuncia um aumento de 6% na despesa, que alguém terá de vir a pagar, e até já lançou há pouco a ideia de um empréstimo bancário para financiar obras. Ou seja, em vez do clássico provérbio "Se deres um peixe a um homem ele alimenta-se uma vez, mas se o ensinares a pescar pode alimentar-se a vida toda", a maioria PS local parece preferir a velha máxima esquerdista "sacar a quem tem para dar a quem precisa", adaptada às margens do Nabão: "Sacar aos que ainda pagam impostos directos, para distribuir pelos amigos que votam bem e calam o bico." Têm presente o provérbio "Ovelha que berra, é bocado que perde."
Se fosse pelas bandas onde isto está sendo escrito, havia sururu do grosso, mesmo com o Bolsonaro a três mil quilómetros. Em Tomar tudo indica que vai continuar a doce dormência. No fundo é tudo uma questão de enquadramento paisagístico. Por aqui, o Atlântico sul,  ali adiante, tem por vezes vagas alterosas. Pelo contrário, o Nabão tem por vezes muita poluição, mas jamais ondas pequenas ou grandes.
E depois, como é bem sabido, Tomar fica numa cova, rodeada de colinas por todos os lados. Não espanta por isso que os tomarenses residentes, mesmo os eleitos que se julgam saídos da coxa de Júpiter, não tenham grandes horizontes.
A pasmaceira nabantina parece ter um largo futuro à sua frente. Infelizmente.

2 comentários:

  1. Bom dia. Espero que esteja bem. No caso de Lisboa, a autarquia ainda do tempo de Fernando Medina já "dava" 2,5%. O que Carlos Moedas disse é que vai passar a dedução de 2,5% para 3%. Tinha prometido ir até aos 5% mas tal medida irá ser progressiva.
    Um Santo Natal com Paz e Saúde. Muito obrigado

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    1. Obrigado pelo esclarecimento Simon. Tinha dados menos certos.
      Bom Natal e Feliz ano novo.

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