sábado, 4 de dezembro de 2021



 Autarquia - Centro de vacinação

 Caldo entornado entre a maioria PS

 e o Agrupamento Gualdim Pais


Agravou-se singularmente o diferendo entre a maioria PS local e a Comunidade educativa Gualdim Pais. Os da Escola Santa Iria estão cheios de razão e clamam por justiça, mas a Câmara não cede. Porquê? Explicações.
Tomara  dianteira 3 vê o conflito e as suas origens da forma seguinte: 
Habituada a gerir os assuntos locais de forma autocrática, a maioria PS muito raramente aceita dialogar com a população, ou mesmo com a oposição eleita, sobre a política local. A título de exemplo, ainda recentemente, em plena reunião do executivo, após alguma troca de argumentos, quem preside teve esta tirada, muito elucidativa: -Vocês (PSD) têm a vossa posição e nós temos a nossa. Vamos votar."
Noutros termos mais comuns, "Não vale a pena perder tempo a discutir, porque vocês pensam uma coisa e nós outra, mas como nós temos a maioria, vocês perdem sempre, ponto final."
Nesta linha, estilo "determino e mando publicar", porque "quero, posso e mando", a maioria socialista local foi algo infeliz na escolha precipitada do local para instalar o primeiro centro de vacinação. Surgiram as reclamações, justificadíssimas, contra a exposição ao sol, contra a falta de assentos, contra a espera prolongada e por aí adiante. Muito contrariada, a dita maioria, que ainda usa a velha doutrina "quem não está com o PS é contra o PS", como se o mundo fosse apenas a preto e branco, lá foi remediando.
A dada altura, sem mais quê nem porquê, houve mudança radical, do Pavilhão Municipal Jácome Ratton, para o Pavilhão Municipal da Fonte do Choupo. Novos protestos justos, designadamente contra as escadas, contra um funcionário pouco educado e contra a falta de condições mínimas, como por exemplo refeições decentes para os funcionários.
Aí, o cérebro dos socialistas locais achou excessivo. Tantos protestos numa população sempre tão mansa, só podia ser obra de uma força política com muita experiência na área da luta reivindicativa, que por acaso até tem um militante seu a dirigir o Agrupamento Gualdim Pais. -Aí é assim que vocês fazem? Então esperem lá que a gente já vos mostra quem manda nesta terra.
Com o apoio técnico  dos especialistas do ACES Médio Tejo, como sempre convém e se consegue, baseados não se sabe em que argumentos, para além de uma alegada selecção prévia, cujos parâmetros não foram revelados, a maioria PS determinou e mandou publicar que o centro de vacinação passará a funcionar no ginásio da Escola EB 2-3 Santa Iria.
Alarmados e chocados com tanta falta de sensibilidade e bom senso, uma vez que o dito centro de vacinação vai impedir as normais actividades lectivas e extra-curriculares, os membros da comunidade educativa procuraram, de forma cordata,  dialogar com a autarquia, porém sem resultados práticos. Em vez de desaparecer, o problema agravou-se.
Pudera! Na opinião de Tomar a dianteira 3 a Câmara só vai ceder se e quando a isso for forçada pelo poder reivindicativo da comunidade educativa local. Isto porque não se trata de nenhuma decisão técnica, apoiada em dados rigorosos. Apenas de uma lamentável vingança mesquinha, uma retaliação, contra o agrupamento e quem o lidera. Para mostrar quem manda e quem tem força.
Faz lá algum sentido mudar o centro de vacinação para uma escola periférica, prejudicando os alunos,  quando junto ao hospital há um quartel de infantaria, com todas as condições e largamente disponível, onde não se prejudica nada nem ninguém?
Consta que a hipótese do quartel de Infantaria 15 já foi avançada, sendo rejeitada pela maioria PS, alegando que há médicos contra e que o chefe de Estado Maior do Exército recusou a cedência das instalações.
Mentiras, meias verdades, balelas, tudo serve para manter a vingança mesquinha. 
Alguém, fora das tropas costistas, acredita que haja médicos contra um centro de vacinação num quartel ao lado do hospital, que tem as melhores instalações em termos de estacionamento, segurança, espaço e sanitários? Cabe na cabeça de alguém que um membro da cadeia de comando de uma instituição que desde sempre se considera ao serviço do país e dos portugueses, possa negar as instalações militares para instalar um centro de vacinação provisório?
Há gente que, além de governar mal, pensa ainda pior e recorre à calúnia como quem bebe um copo de água. Após lerem esta crónica vão barafustar que se trata de invenções, e mais isto e mais aquilo.
É só invenções? Pois então obtenham as autorizações necessárias e instalem o centro no quartel do 15. Vão ver que acabam logo os protestos, porque deixa de haver vingança reles e mesquinha, causadora de graves prejuízos e imprópria de gente civilizada habitando na União Europeia. 
Tenham vergonha e aprendam a viver, que já vai sendo tempo. Ao fim de oito anos, ainda não perceberam que com atitudes assim estão a desgraçar a cidade e o concelho?

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