Autarquia - desenvolvimento económico - planos
Faltam planos e os que existem são péssimos
"Vereadores do PSD votam contra Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2022, por considerarem que não serve o concelho, nem prepara o futuro de Tomar". Explicação dos vereadores social-democratas nabantinos, citada no Templário online de 09/12/21, páginas um e cinco.
Em termos mais simples, o plano e o orçamento camarário para o próximo ano não prestam. E neles estão em causa, uma previsão de 44 milhões de receita (que segundo o PSD é um exagero, devendo ficar-se pelos 25 milhões), 11 milhões de despesas com pessoal, 8 milhões para aquisição de bens e serviços e 1 milhão de juros e serviço da dívida. Tudo isto numa terra com pouco mais de 30 mil eleitores. Lindo não é? Só o serviço da dívida vai custar, em 2022, 31 euros por eleitor. A compra de votos deu nisto. O dinheiro não chega para tudo. A mudança da Escola profissional, por exemplo, para a Câmara poder ceder o edifício a uma entidade privada, que nele vai instalar um "museu dos templários", vai obrigar a contrair um empréstimo bancário, segundo declarações da srª presidente a um jornal de fora de Tomar:
Em virtude do sistema eleitoral que temos, ultrapassado mas muito favorável para os partidos, o mais provável é que na AM o documento seja aprovado, apesar de praticamente ninguém gostar dele. Já assim aconteceu com o escândalo da Tejo Ambiente e, mais recentemente, com o PDM. É uma tristeza, quando um parlamento municipal aceita ser apenas o serviço de registo e confirmação das propostas do executivo camarário, quer sejam boas, quer sejam más.
Não espanta por isso a dramática situação em que nos encontramos como autarquia. Não há planos suficientes, e os que há são péssimos, só existindo porque são obrigatórios por lei. Nos restantes casos, é grande a miséria:
1 - Sinalização turística: Encomendado o respectivo plano por ajuste directo, por 75 mil euros + IVA, a uma empresa de Braga, já lá vão mais de dois anos, e quanto a sinalização turística, continuamos a aguardar.
2 - Festa dos tabuleiros a Património da humanidade da UNESCO: Dois anos e meio após a celebração do ajuste directo com um professor universitário de Campo Maior (90 mil + IVA), o plano foi mandado para trás, para reformulação, pelos serviços dos quais depende a inscrição no registo nacional, condição prévia para se candidatar à UNESCO-ICOMOS
Além destes dois fracassos evidentes, outros há que se omitem para não alongar demasiado. Ingénuo e impressionado com tanta falta de capacidade, o autor destas linhas avançou com uma proposta de elaboração do Plano local de turismo, a qual foi rejeitada, sem qualquer esboço de diálogo. Deve ter sido por causa da diferença de idades. Conforme reza o provérbio "Se a juventude soubesse e se a velhice pudesse, o mundo seria bem diferente."
A maioria PS local perdeu assim a oportunidade de poder candidatar agora à Bazuca europeia pelo menos 5 projectos, ligados ao turismo e criadores de valor acrescentado, num investimento global calculado em 50 milhões de euros, eventualmente em regime de concepção>construção >exploração.
Assim, sem esse tal plano local de turismo, só estão previstos para Tomar, no âmbito da Bazuca europeia, 4 milhões para o Convento de Cristo. Com a DGPC aflita, porque sem planos não sabe como nem onde aplicá-los. A síndrome da falta de planos capazes é geral. Coitados dos eleitores-contribuintes! Vão pagando e a situação, em vez de melhorar, vai piorando.
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