sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

 


Cultura - património mundial - cozinha

Até o "thiéboudiène" já ultrapassou a Festa dos Tabuleiros

Não fique triste por não saber o que é o "thiéboudiène". Cá o escriba, que julga ter algum mundo, também não sabia. Trata-se de um prato típico da cozinha senegalesa, igualmente chamado "Coebu jën" em wolof, a língua tradicional do país, literalmente "arroz com peixe". Segundo o Le Monde, que pode consultar aqui, se  o seu francês ajudar:
https://www.lemonde.fr/afrique/article/2021/12/16/avec-les-doigts-ou-a-la-cuillere-le-thieboudiene-senegalais-sur-la-carte-culinaire-de-l-humanite_6106301_3212.html
é uma receita de peixe com muita variedade de legumes, passada de mãe para filha. De acordo com a mesma fonte, um bom prato de "thiéboudiène" custa à roda de um euro nos mercados populares, e 13 euros num restaurante de luxo para estrangeiros.
Foi este prato africano tradicional que o Comité do Património Mundial da UNESCO acaba de inscrever na lista do Património cultural imaterial da humanidade, a pedido do Senegal, que faz fronteira com a Guiné - Bissau.
Mais informa o diário francês que o pedido inicial foi feito pelo ministério da cultura senegalês em Outubro de 2020. Em Tomar, a Câmara entregou, no primeiro semestre de 2019, por ajuste directo de 75 mil euros mais iVA, o processo de candidatura dos Tabuleiros a património imaterial da UNESCO a um professor natural de Campo Maior. Mais de dois anos volvidos, ainda nem sequer se conseguiu a inscrição na lista nacional, condição prévia para se poder candidatar ao galardão da UNESCO.
Para melhor entendimento, esclarece-se que no Senegal o francês é língua normal de trabalho, tal como acontece na UNESCO, que tem sede em Paris. As coisas são o que são.

Sem comentários:

Enviar um comentário