Mudança do Centro de vacinação para a Escola Santa Iria
CONFIRMA-SE A TRAMOIA CONTRA O AGRUPAMENTO TEMPLÁRIOS
Tendo em vista encontrar uma solução para o problema que lhes arranjaram, a Associação de pais da Escola Santa Iria convidou as várias entidades envolvidas para uma reunião nas instalações daquele estabelecimento de ensino. Segundo a Rádio Hertz, a presidente da Câmara não compareceu, não se fez representar, nem apresentou qualquer explicação. O mesmo aconteceu com o vice-presidente-vereador da educação, bem como com a representante da ACES.
Tendo em conta os antecedentes próximos, aceitar-se-ia que a presidente se fizesse representar, ou até que a srª e o seu vice alegassem anteriores obrigações agendadas, e delegassem num assessor, ou num funcionário superior, a representação da autarquia. Mas não. No usual estilo da maioria PS local, nem sequer responderam, o que equivale, em português corrente, a uma frase deselegante: -Vão para o raio que vos parta, que a gente não está para vos aturar.
Isto quanto aos eleitos, porque quanto à srª representante da ACES, o seu comportamento foi de total subordinação aos ditames de quem lidera a autarquia. E não devia ser.
É esta convergência de vontades que evidencia a realidade da tramoia, bem urdida porém sem medir as consequências adversas dela resultantes. Porque, vejamos.
Alega-se que terá havido uma escolha prévia pelas autoridades de saúde. Baseada em quê? Há em Tomar 5 ginásios escolares (Gualdim Pais, Santa Iria, Santa Maria dos Olivais, Jácome Ratton e Nun'Álvares Pereira). Há também três recintos desportivos tipo ginásio, pertencentes à autarquia: Fonte do Choupo, Jácome Ratton e Nabância. A estes convém acrescentar as casernas desocupadas do RI 15, que não sendo ginásios dispõem das instalações sanitárias e outras condições necessárias.
Com tanta escolha, havendo necessidade de mudar, perante as reclamações dos cidadãos candidatos à vacina, é suposto que a câmara, em conjunto com a ACES tenha procedido a uma criteriosa selecção prévia. Isso foi feito? Se afirmativo, onde estão os quadros comparativos vantagens/inconvenientes de cada uma das nove hipóteses? Não existem, porque nunca foram elaborados? Mas então, a escolha da Escola Santa Iria foi baseada em quê? Porque não qualquer das outras estruturas antes mencionadas, todas praticamente equivalentes, e pelo menos 4 delas sem os inconvenientes da interrupção de aulas curriculares?
Em política, aquilo que parece é. Neste caso, o que parece é que Santa Iria foi escolhida logo à partida, com um quadro comparativo muito desequilibrado, todavia vinculativo. Do lado dos inconvenientes, alguma falta de estacionamento, contacto de estranhos não vacinados com a comunidade escolar, interrupção de actividades curriculares e extra-curriculares, sobrecarga para o pessoal auxiliar da escola.
Do lado das vantagens, satisfaz as necessidades básicas, e é a escolha soberana da srª presidente da câmara, para tramar o Agrupamento dissidente. Para ver se deixam de recalcitrar.
Até para urdir tramoias, há gente mais capaz e gente menos capaz. Quando as coisas não são assaz bem feitas, cedo se descobre a marosca, e depois ninguém sabe como descalçar a bota. A botina neste caso, uma vez que se trata de senhoras finas e cultas. Que não usam botas cardadas, embora por vezes pareça.
Guiando-se pelo passado, tudo indica que a comunidade escolar vai calar-se, vergando-se à prepotência de quem confunde maioria eleitoral com poder ditatorial. Mas fica uma ferida exposta. E há feridas que por vezes infectam, podendo ir até à gangrena.
Oxalá não seja o caso!
Sem comentários:
Enviar um comentário