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Política local - Aprovação do PDM - PSD

A SOMBRIA REALIDADE E AS TRETAS

Os mais recentes desenvolvimentos no caso da revisão do PDM, finalmente aprovado na AM em 8 do corrente, davam no meu entender uma excelente comédia burlesca. O PSD, única oposição com assento no executivo, fez  o possível para matar a nova versão do documento, e conseguiu-o com galhardia.

https://radiohertz.pt/tomar-aprovacao-do-plano-diretor-municipal-ainda-da-que-falar-psd-que-aprovou-o-documento-deixa-claro-que-nao-aceita-que-este-pdm

No ponto 2 do seu recente comunicado, os social-democratas nabantinos são taxativos: "A Câmara Municipal evidenciou, mais uma vez, que não tem para o concelho de Tomar uma visão para o futuro, nem planos para o desenvolvimento." Já antes, o próprio título do comunicado  não deixara dúvidas: "UM PDM APROVADO QUE TEM DE SER REVISTO".

No ponto 4, vão até mais longe. Explicitam porque tem o documento de ser revisto: "Não aceitamos que este PDM possa fazer parte do legado que queremos para as próximas gerações. Nele estão em falta as orientações estratégicas para a ação camarária, no médio e no longo prazo. Nele faltam modernidade e visão de futuro."

E se dúvidas subsistem, o ponto 6 do comunicado acaba com elas: "É um PDM incompleto, em especial porque não propõe soluções para o desenvolvimento do concelho. O seu Programa de Execução espelha uma proposta de estratégia que deveria ter início em 2017, há quatro anos atrás! Por isso propõe ações sem nexo, sem articulação entre si, ou sem atualidade."

Apoiados nesta bem fundamentada sentença de morte por garrote, os eleitos PSD decidiram contudo aprovar o documento, decerto sobretudo para contrariar o bom senso. Após o que, avançam agora com a necessidade de nova revisão da versão já revista do PDM. Rever a revisão. Estamos ainda na política municipal? Ou já no recreio de uma escola?

Se nem a maioria nem a oposição têm ideias ou planos de desenvolvimento para Tomar, o que é cada vez mais óbvio, porque não aceitam sequer dialogar com quem já lhes endereçou uma proposta de Plano local de desenvolvimento turístico? O que leva alguns anónimos, (a coberto de confortáveis pseudónimos), a advogar a vantagem da indústria com emprego de qualidade, em vez da aposta no turismo, que é o que está a dar e a natural vocação de Tomar, por causa do Convento de Cristo? É só para criar confusão? Têm medo de enfrentar a realidade? Receiam que se venha a tornar evidente a geral vacuidade nabantina, em termos de ideias originais?