Política local - Assembleia Municipal

Novo presidente da AM no bom caminho

Reúne na segunda-feira, 8 de Novembro,  a Assembleia municipal de Tomar, tendo como "prato forte" da OT o debate e eventual aprovação da revisão dessa encrenca chamada PDM. segundo a informação local.

Parece-me que, para além do prato forte, há dois aspectos que convém realçar, por serem bem mais importantes, a longo prazo, que a discussão  da revisão do PDM. Refiro-me, antes de mais, ao local. Finalmente, um presidente do órgão mostra saber onde está a sede do poder autárquico, a importância do órgão a que preside, e o respeito que as leis e as tradições devem merecer.

A AM reúne de novo no salão nobre dos Paços do concelho, verdadeira sede do poder local, que pertence ao parlamento municipal por direito próprio. É claro que poderá haver, e haverá decerto, sessões do órgão máximo do Município noutros locais, designadamente nas freguesias. Mas nunca no auditório da biblioteca municipal, no cine-teatro, ou em qualquer sala de espectáculos. Os eleitos pelo povo não são simples figurantes do espectáculo político, nem palhaços no circo mediático. Felicito por isso Hugo Costa, pela sua feliz opção.

Outra decisão que parece muito correcta, e vai na mesma direcção, é a marcação da sessão para horário nocturno, a exemplo do que acontecia num passado ainda recente. Porque, a não ser assim, com as sessões de manhã ou à tarde, como é que os cidadãos interessados, todavia ainda não reformados, podem assistir? A ideia seguida até agora, que inclui as reuniões do executivo municipal de manhã, parece indicar que a política local é uma coisa reservada aos eleitos, devendo os eleitores limitar-se a pagar impostos e evitar meter o nariz onde não são chamados. Transparência, por onde andas?

Volto a felicitar o novo presidente da AM por este feliz regresso ao passado, quando se procurava sempre  a participação do povo no debate dos assuntos que lhe dizem respeito. Foi antes de terem aparecido na política alguns adultos com comportamento de adolescentes, que tendem a confundir reuniões formais dos órgão de poder, com simples eventos culturais., ou reuniões de associações financiadas pela autarquia.

Oxalá haja coragem para continuar na mesma linha, pois há outros detalhes a corrigir, sendo certo que é fácil simular que não há outros problemas graves no concelho, porém impossível que esses mesmos problemas se resolvam sem decisões adequadas e atempadas.

Aquando das recentes autárquicas, vários desses adolescentes serôdios, agora já adultos, mas ainda não inteiramente assumidos, andaram por aí a arrotar suficiência, alardeando dados de uma alegada sondagem, que dava 5 vereadores ao PS e 2 ao PSD. Vai-se a ver, o resultado foi até inferior ao de 2017, apesar da notória debilidade da lista laranja. Mantiveram os quatro eleitos, porém perderam votos em quase todas as freguesias. E em 2025 há mais, sendo extremamente difícil que o PSD consiga então apresentar uma lista tão fraquinha como a deste ano. Fica o aviso.

Porque rezar a Santa Bárbara, quando já está a trovejar, nunca mostrou ser solução para acabar com a trovoada.