domingo, 28 de novembro de 2021

 


Litígio Câmara de Tomar - José Gaio Martins Dias

UMA DECISÃO QUE É UMA VERGONHA

Agrava-se o estranho diferendo entre a maioria camarária PS e o funcionário também camarário José Gaio Martins Dias, na forçada situação de licença sem vencimento. desde Janeiro de 2016. Informações chegadas hoje a Tomar a dianteira 3 dizem que, após um longo calvário de mais de cinco anos, o Tribunal Administrativo e Fiscal de Leiria já deu razão ao queixoso José Gaio, em Setembro passado, condenando a autarquia a reintegrá-lo no seu posto de trabalho e a pagar-lhe os retroactivos reclamados.
Segundo as mesmas fontes, inesperadamente, no último dia do prazo para recorrer, a autarquia pagou a multa e avançou para o Tribunal Administrativo do Sul. 
Mais gravoso ainda, em vez de o fazer por intermédio de um dos seis advogados já ao serviço da autarquia, a srª presidente, ou alguém em seu lugar, decidiu celebrar mais um ajuste directo, desta vez com  a sociedade de advogados lisboeta Abecassis, Moura Marques & Associados. Para quê? Para gastar mais dinheiro dos contribuintes?
Ao cabo de mais de cinco anos, o  Tribunal Administrativo de Leiria, que logicamente não conhece o queixoso de lado algum, e portanto se limitou a aplicar a lei, necessitando de 60 meses para o fazer,  condenou a Câmara de Tomar em toda a linha. Que factos novos alega agora a autarquia, para  fundamentar o recurso apresentado em cima da hora limite? É o que por enquanto falta saber.
O autor destas linhas não é médico, nem nunca estudou medicina. O que não obsta a que tenha uma opinião, pois "de médico e de louco, todos temos um pouco", como é bem sabido: O insólito e inesperado recurso veio confirmar que não se trata de simples diferendo laboral, de conflito administrativo, ou sequer de mera divergência política. Estamos perante um caso evidente de síndrome paranóica, ou coisa semelhante. Embirração patológica. E isso tem cura.
No entendimento de quem isto escreve, a autora do inesperado recurso só terá a ganhar se consultar quanto antes um bom especialista da área da psiquiatra. Na verdade, todos ficaremos a ganhar. 
A criatura em causa, porque passará a dormir melhor, e poderá então mandar anular o recurso, manifestamente despropositado. O que poupará recursos públicos e evitará longos meses, ou até anos de espera. E o mandato da srª acaba o mais tardar em 2025, sem remissão possível. Quem vier a seguir, vai manter o estranho recurso? Com que fundamento?
O queixoso, porque será finalmente readmitido, e poderá então solicitar imediata transferência para outra autarquia, ou organismo público, como  se compreende. O autor destas linhas, e outros eleitores socialistas, porque passarão a sentir-se mais aliviados e menos envergonhados em termos de consciência cívica.
É realmente muito penoso,  uma  pessoa pensar que já votou em alguém que depois se mostrou indigno do lugar que ocupa, não hesitando nomeadamente em dilapidar dinheiros públicos, com o único intuito de prejudicar deliberadamente um conterrâneo, só porque este não lê pela mesma cartilha.
A srª declarou algures "Ninguém é mais forte do que eu!" Não será decerto o caso. Há sempre alguém superior a nós. Consegue porém o que muito poucos ousam, por lhes faltar maldade para tanto: -Odiar um cidadão que não é nenhum criminoso, ou sequer delinquente, só porque pensa de modo diferente. Ainda bem que já não há em Portugal punição para delitos de opinião. Porque com eleitos assim...
Gente sem princípios, que se lhes há-de fazer?

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