quarta-feira, 3 de novembro de 2021

 


Boas maneiras - Insolência - funcionalismo público

Mais um esforço...

A notícia é da Rádio Hertz:
Um funcionário em serviço, responde de forma mal educada a uma cidadã, e nega-lhe uma solicitação elementar -uma cadeira, para um idoso com problemas nas pernas se poder sentar. Falta de educação, insolência, falta de civilidade e de respeito pelos mais velhos, violação do estatuto de funcionário público.
É uma situação isolada, alegarão nomeadamente os defensores da actual maioria autárquica. Não é não senhor! Trata-se de uma evidente manifestação de desprezo pelos cidadãos, a que chamam "utentes" para os rebaixar civicamente. Mais uma. Só que desta vez o funcionário em questão teve azar. Alguém se sentiu envergonhado ("com azia", segundo os políticos que temos) e resolveu recorrer aos órgãos de informação.
Apesar do escândalo público, tendo em conta antecedentes conhecidos, é quase certo que ao referido funcionário faltoso nada vai acontecer. Nem inquérito rigoroso, nem processo disciplinar, nem castigo. Persistirá a habitual impunidade, justificada pelo facto de os eleitos precisarem dos votos dos funcionários sob as suas ordens. Inconvenientes da democracia mal assimilada.
No caso específico da autarquia, onde tem havido incidentes destes ou parecidos, e até bem mais graves, como por exemplo o caso do concurso para a concessão da Estalagem de Santa Iria, já ouviram falar de algum procedimento disciplinar? Algum funcionário foi punido, ou sequer transferido? Os eleitos conhecem sequer o Regulamento disciplinar da função pública, "uma coisa do tempo da outra senhora"? Não senhor. Os funcionários públicos são e comportam-se como um Estado dentro do Estado. Quem faz, interpreta e eventualmente aplica a lei, são eles, conforme lhes convém. Os tribunais, os juízes, os inquéritos, as punições, isso é para os empregados do sector privado! E os velhos, claro!
É realmente muito constrangedor ter de agir contra subordinados, mas sem isso caminhamos pouco a pouco para um regime de salve-se quem puder. Embora possa não parecer, esta atitude condenável do funcionário é praticamente homóloga do arranque da placa de sinalização junto ao parque de caravanismo, ou do barulho nocturno provocado por alguns ciganos, por exemplo. E até a escolha daquele local para centro de vacinação, bem vistas as coisas... Afinal os eleitos também nem sempre são uma maravilha em termos de civismo, que é como quem diz na área do respeito pelos outros.
São tudo manifestações de falta de educação, de incivilidade, de falta de respeito pelo próximo, da parte de quem nunca aprendeu que para se viver sem problemas em comunidade organizada, há que cumprir os seus deveres, antes de exigir direitos. Infelizmente, nunca ninguém teve a coragem de lhes ensinar isso até agora. Pelo contrário, nas escolas é tudo facilidades, porque "coitadinhas das criancinhas ainda não percebem essas coisas." E mais tarde, "São adolescentes, nós também já fomos assim, só que agora estamos esquecidos."
Educadores mal preparados, que ainda não entenderam que é extremamente arriscado ser demasiado tolerante com os intolerantes, é o que mais por aí há.  Mais um esforço e teremos alcançado o nível dos arrabaldes das grandes cidades dos países mais avançados nessa matéria. Basta ir lendo os jornais...

1 comentário:

  1. Aqui á anos circulava num caixote nos pavilhões da FAI o que restava em azulejos " TUDO PELA NAÇÃO NADA CONTRA A NAÇÃO " em tempos fixados no topo de uma escadaria de uma CIDADE que quase foi capital de DESTRITO !!!
    A mesma que se diz que a dita FAI se tivesse rodas estava em cem soldos !
    E se o hospital tivesse rodas estava em carregueiros !
    Será verdade ???

    ResponderEliminar