quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024





Tribuna de António Freitas

Concelhos da CIM Médio Tejo 
com “pouca visibilidade” promocional 
no mega Stand do Turismo do Centro.

Em todas as edições da BTL de há uns anos a esta parte, no Stand do Turismo do Centro, ao qual pertencem os concelhos da CIM Médio Tejo, há muita palestra, muitas apresentações, muito show off, em que se fala para uma plateia de “amigos” - outros autarcas que assistem e que tem zero impacto para os visitantes profissionais, noticias na imprensa nacional ou especializada, nos dois primeiros dias da feira. Vale o que vale, mas para alguns o turismo passa por estes “institucionalismos”. Concelho que não invista em stand próprio, pode esperar sentado. Nunca se entendeu, aquando da fusão das Regiões de Turismo, que eram mais que cogumelos, que por exemplo os nossos concelhos não tivessem passado para a Entidade Regional de Turismo do Ribatejo, pois a “água nunca corre para norte”, e o Turismo do Centro é uma mega região com tantos concelhos que se perde, a meu ver, pelas “bandas do Mondego”
Não é preciso ser muito esperto para reparar e ver, olhos nos olhos, que neste Pavilhão 1, onde está sempre o "Turismo do Centro “ esmagado entre os mega Stands dos Açores e Madeira, mesmo em frente a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, reúne todos os seus municípios, duas comunidades intermunicipais e mais de 50 empresas na edição deste ano da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa.
A ERTAR teve uma “preenchida agenda de eventos” e “o maior stand do certame – numa área superior a 1290m2”, destacando ainda como novidades, duas áreas de atendimento ao público e de exposição distintas, uma dedicada ao Alentejo e outra ao Ribatejo, com marcas e comunicações próprias: Alentejo Caiado de Fresco e Ribatejo, Viva a Festa.
Segundo nos disse José Santos, presidente da ERT do Alentejo e Ribatejo, durante estes dias, é mostrado “o melhor que o destino Alentejo tem para oferecer, pois, é a oportunidade de mostrarmos aos operadores turísticos, ao público em geral, à imprensa especializada, a escala do nosso território”, acrescentando que “é uma oportunidade de mostrar de uma forma sólida e integrada tudo aquilo que o Alentejo tem para mostrar e tudo aquilo que o Ribatejo tem para mostrar.”
“Na parte do Alentejo, temos cerca de 50 expositores, entre municípios e empresas, e no caso do Ribatejo temos cerca de 19 expositores. Há depois uma área rotativa, que é uma área nova que começámos a fazer este ano, onde temos cerca de 12 expositores temporários, que estão essencialmente a promover o enoturismo, o património natural e o património cultural”, concluiu.
O mesmo se esperava do Turismo do Centro, mas em 2024 é igual a 2023, e em 2025 vamos continuar a ver, não os concelhos mais bem representados, mas o “show off” das apresentações que não duram mais de 15 minutos!
Será que, entre tantos presidentes de Câmara, não seria de repensar a nossa saída do “Centro” e passar a pertencer ao que sempre fomos e somos -”ribatejanos”?

António Freitas

2 comentários:

  1. Boa noite Professor. Viu o programa de ontem da rádio observador: "E o resto é história" onde se procurou responder á pergunta: "Salazar foi corrupto?" Se não viu recomendo-lhe vivamente a si e aos leitores porque tenho a certeza que vão gostar. Obviamente não vou dar a resposta para não estragar a experiência de visualizar o programa. Novidade para mim foi ouvir que o nosso ex primeiro-ministro do reino de Portugal, António Bernardo da Costa Cabral, era corrupto ou, se preferir, mostrou sinais de enriquecimento injustificado. Ele e o Marquês de Pombal, portanto o mal vem de longe no tempo. Disse o historiador que ele desatou a comprar terras junto á muralha do convento de cristo. Qual é que era a quinta dele??? Era a da Anunciada Velha????

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    1. É matéria bastante conhecida. Sobre o Bernardo Costa Cabral, amante da rainha D. Maria II há até um célebre diálogo entre os dois, no Convento de Cristo, casa do conde, onde a soberana vinha pernoitar com alguma frequência. Tendo ela dito que ele se vendera, a resposta foi áspera: -Saiba Vossa Majestade que toda a gente se vende! Toda marquês?! -Toda. Até Vossa Majestade. A raínha calou-se.
      Quanto às terras, trata-se da antiga cerca conventual, actual Mata dos 7 montes, que só veio a ser recuperada pelo Estado nos anos 40 do século passado, na sequência da venda em leilão, por dívidas ao fisco. Conta-se que Salazar, então ministro das finanças, enviou um funcionário bastante mal trajado e mal lavado para licitar, o que permitiu comprar aquilo pela então módica quantia de 630 contos (3.150 euros).

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