Aspecto de Targoviste medieval
Autarquia
Geminar para quê?
https://radiohertz.pt/tomar-municipio-prepara-geminacao-com-a-cidade-romena-de-targoviste/
A geminação de cidades ou municípios, é uma matéria tão particular que, se interessar duas dezenas de pessoas em Tomar, já será muito. A notícia da Hertz (ver link) despertou a minha atenção, provocando borbulhas no estômago devido a incongruências e deselegâncias protocolares, que podem significar algo mais.
A ideia inicial é geminar Tomar (40 mil habitantes), com a cidade romena de Targoviste, antiga capital, agora com 75 mil habitantes e a perder população desde o fim do regime comunista. Para quê? Tomar já é cidade gémea de Vincennes (França) e Hadera (Israel), e daí, bem vistas as coisas, só tem havido resultados negativos.
Foi um desastre a visita da delegação de Hadera a Tomar, no tempo de Pedro Marques, e uma fantochada a ida de Anabela Freitas a Hadera, de onde regressou com promessas de investimentos israelitas e árabes (!!!), que naturalmente nunca mais se concretizaram, porque era tudo blábláblá só para mobilar.
Agora com Targoviste, as coisas também não estão a começar nada bem. A abrir, quer se goste ou não, por inerência de função, o presidente da Câmara é protocolarmente a mais importante personalidade do concelho. Quando o presidente da República, o primeiro-ministro, ou um ministro, vêm a Tomar, avisam da vinda por escrito e a primeira coisa que fazem, uma vez chegados, é cumprimentar o presidente, como representante legal de toda a população.
Neste caso da geminação, o Politécnico falhou e a Embaixada da Roménia também. O presidente do IPT mandou um seu adjunto e a embaixada um encarregado de negócios, em vez do embaixador. Ambos tiveram sorte, porque o presidente Cristóvão não reparou na afronta, se calhar porque nem sabe destas questões protocolares. Mas a asneira existiu e não adianta vir com a frase estafada "Não tem importância!" Na política "o que parece é" e parece que houve desconsideração por parte do presidente do IPT e do senhor embaixador romeno em Lisboa. Quem não se sente não é filho de boa gente, e o presidente Cristóvão também me representa. Donde o meu protesto. Não é assim que se devem fazer as coisas.
Segue-se que esta questão da geminação com Targoviste tem contornos pouco nítidos. A cidade romena já é geminada com Targovichti (Bulgária), Trakai (Lituânia), Orvault (França), Miami (USA), Villiirde (Suécia) e Santarèm (Portugal). Que virá fazer Tomar neste rol? Só para confortar o Politécnico, como no caso de Pelotas RS (Brasil)
Para esclarecimento, acrescenta-se que a cidade de Targoviste está a perder população, desde os anos 90, tal como Tomar e que a Roménia tem uma população de 21 milhões de habitantes de várias etnias (mais do dobro de Portugal), incluindo 600 mil rom, (os ciganos da Europa central) e 1,2 milhões de habitantes que, no recenseamento de 202, recusaram indicar a sua etnia.
Entretanto em Lisboa, agentes da PSP à paisana têm tido a ingrata tarefa de vigiar e deter quadrilhas de romenos, que nos elétricos da capital se dedicam a aliviar os turistas das suas carteiras, logo a seguir libertados pelo poder judicial, com termo de identidade e residência. Como são muitos, uma vez detidos dão a vez a outros, os quais, quando libertados, seguem para Madrid, Barcelona ou Sevilha, onde prosseguem com a sua actividade, pois são verdadeiros artistas. O que nos pode safar por enquanto é que em Tomar não há eléctricos, e os TUT são pouco frequentados de tal forma que não compensaria, por falta de carteiras recheadas.
Quando se deve mudar alguma coisa para que tudo fique na mesma ,
ResponderEliminarpodia-se enviar 100 dos de cá para a Roménia e de de lá virem 100 romenos dos bons ...
É uma excelente ideia, sr. Oliveira A seguir podia-se geminar Tomar com a antiga Mazagão, em Marrocos, aproveitando para uma troca muito útil. Os marroquinos mandam-nos palmeiras tamareiras, para reflorestar a Mata dos sete montes com falta de água, e nós mandamos dois camelos por cada palmeira...
EliminarA antiga Mazagão portuguesa é agora a cidade marroquina de El Jadida, em cuja fortaleza medieval, muito bem conservada, há uma magnífica cisterna renascença, irmã da do claustro da Micha, no Convento de Cristo.
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