quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024


Imagem copiada de Tomar na rede, com os nossos agradecimentos.

Comunidade cigana em Tomar

Agora é que isto  é mesmo "o da Joana"

Mulher atropelada no passeio (c/ vídeo) | Tomar na Rede

TOMAR – Mulher atropelada em pleno passeio na Alameda Um de Março. PSP adianta que vítima é familiar do condutor e que ninguém quis testemunhar o sucedido | Rádio Hertz (radiohertz.pt)

É uma cena pícara, no melhor estilo andaluz. Um cigano de automóvel persegue uma jovem cigana a pé, seguidos por caminhantes familiares de ambos. Depois de atropelar a cigana em pleno passeio da Alameda um de Março, o velho chaço estampou-se contra um dos pilares do Centro Comercial (ver imagem), tendo-se juntado bastante gente, com destaque para as famílias ciganas.
Numa boa versão de jornalismo nabantino, Tomar na rede notícia toda a cena sem todavia identificar cabalmente os intervenientes, respeitando a praxis local. Escapou-lhe apenas uma frase complexa, que  destruiu todo o esforço anterior, ao revelar o imbróglio: "O acidente acabou por gerar discussão e momentos de tensão entre diferentes famílias de etnia cigana que se juntaram no local."
Tendo em conta todo o teor da notícia, qualquer leitor é induzido a fazer duas perguntas: Porquê os momentos de tensão? Que estavam ali a fazer as famílias ciganas, que se calhar moram no bairro 1º de Maio? Só no dia seguinte uma notícia da Rádio Hertz (ver link supra) indicou que o condutor e a  mulher atropelada são irmãos.
Uma outra frase da mesma reportagem, denuncia involuntariamente o clima de medo que se vive agora em Tomar: "A polícia estava a tentar encontrar testemunhas, mas ninguém quis relatar o que viu." O que não impede, antes facilita, que depois os mesmos cidadãos acusem a PSP de não actuar como deve.
Questões em aberto, que não inibiram a Joana, autora deste comentário no Tomar na rede:

"Joana diz:
31 de Janeiro de 2024 às 22:09


"Deve ser normal. Pelo conhecimento que tenho, estamos com número insuficiente de polícias para o número de população da cidade, o que se reflete na demora de chegada em várias ocorrências que tem havido. Uma coisa eu sei …que se continuar assim esta cidade fica quase impossível de se ter negócios abertos, de andar na rua em segurança, e o património estar seguro. pois é só grafitis em tudo. Não há vigilância noturna na cidade …tá a ficar horrível viver aqui !! Polícias, a maior parte que temos já são quase reformados …
Onde andam os policias novos ?! Com a criminalidade a aumentar a olhos vistos, não sei onde vamos parar, se ninguém meter mão nisto !!!"

Falta de polícias, mas também de professores, de médicos e de enfermeiros, com os que há a ficarem cada vez mais velhos. Porque será que os funcionários públicos "operacionais" não querem vir para Tomar? O clima é demasiado agreste? 
Com este comentário, ficamos a saber que na cidade é cada vez mais "o da Joana". "Está ao Deus dará", como dantes dizia o povo, que a juventude de agora já não usa estas expressões de outro tempo. Preferem em geral o vernáculo rústico. Outro sinal dos tempos. Mas atropelar uma irmã em cima do passeio, só em Tomar e entre calés.

6 comentários:

  1. E são precisas testemunhas para quê? Por sorte não matou ninguém. Ás vezes vêm jovens com os headfones nos ouvidos ou alguém que seja surdo, ou mesmo pessoas que ouçam e tenham dificuldades em se desviar. Ninguém espera uma situação destas.

    Apesar de tudo isto o PS lá continua em primeiro nas sondagens. Isto apesar dos protestos dos policías, das urgências fechadas, dos professores com as carreiras congeladas, da justiça, dos agricultores, da habitação, etc... É incrível. É o empregozito na função pública, são os 20 euritos na reforma, o Costa deu 125 euritos e há que aproveitar porque enquanto o pau vai e vem as costas, o PS é que declara o aumento do salário mínimo, o PS é que puxa para o pobre, etc..., etc... continuamos com um povo ignorante.

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    1. O esclarecimento obtido pela Hertz, permitindo saber que se trata de irmão e irmã, leva a concluir sem margem para dúvida que o atropelamento foi intencional. É claro que o agressor vai negar essa intenção, mas como explicar o incidente de outro modo?

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    2. Obviamente que foi intencional. Mas não lhe vai acontecer nada, é uma vergonha. A nossa justiça é uma palhaçada....

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    3. Já agora uma dúvida que talvez o professor possa vir a esclarecer através dos contactos da Hertz ou TNR: o veículo tinha inspecção e seguro obrigatório (contra terceiros)?. Deixo esta dúvida ....

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  2. Este post atesta que o autor do blog tende, no que toca aos problemas de Tomar, a ver o copo meio vazio.
    Devemos ver as coisas pelo lado positivo. Se temos passeios tão largos na Alameda, a etnia reinante mostra-nos que podemos usar esse apeto para facilitar a circulação automóvel.
    Estão à vista as melhorias no quotidiano de Tomar, desde que a política municipal integrou esta orientação de privilegiar determinada minoria.
    Veja como a transferência das famílias ciganas coincidiu com a melhoria do parque habitacional do Bairro 1º de Maio.
    Veja como as pessoas receiam circular a pé à noite e o que se pode poupar por essa via em iluminação pública.
    Os negócios fecham ou a simplesmente não se instalam e ainda bem para evitar que as pessoas se baralhem com várias opções.
    Repare na animação nocturna que a partir do Bairro Calé chega até à casa de pessoas mal dispostas, que antes passavam as noites a dormir e agora beneficiam de sonora animação, à borla.
    O passo a dar é instalar pelo menos uma família destas em cada rua da cidade e lugar do concelho para ver se nos endireitamos. Por exemplo, é uma pena ainda não haver nenhuma família a viver no Coito, pois assim de certeza que a Tejo Ambiente já tinha corrigido a asneira que fez e que há muitos meses coloca em risco a segurança das pessoas que circulam naquela estrada.

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    1. Apenas uma observação em relação à sua referência ao Coito. A Câmara não pode instalar calés no Coito, porque eles considerariam isso como racismo. É sabido que já praticam o dito com assinalável frequência, a julgar pela descendência.. Agora imagine o que seria quando lhes perguntassem onde residem - Vivo no Coito. Nota-se, diria logo a outra parte.
      Outro tanto se diga das Cabeças. Que cigano macho é que aceitaria ir viver na capital nacional dos cornos?

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