Legislativas de 10 de Março
Fim de reinado, do duopólio partidário
e do caminho para o socialismo
As eleições legislativas nos Açores foram um autêntico banho gelado, tanto para o PS como para a extrema esquerda. É certo que a AD venceu sem maioria absoluta, mas mesmo assim o PS averbou a primeira derrota açoriana em 28 anos de reinado no arquipélago, enquanto na extrema esquerda o BE regista uma descida acentuada, conseguindo apenas salvar um deputado, e a CDU nem isso. Tempos agrestes para a esquerda em geral, tal como vem acontecendo por essa Europa fora. A pouco e pouco lá nos vamos alinhando pela origem do dinheiro.
A derrota socialista é ainda mais grave quando se tem em consideração o eleitorado açoriano, de apenas 230 mil inscritos, tão habituados ao assistencialismo do Estado que cerca de metade não vota. Comparando com o eleitorado das Canárias (Espanha), logo mais abaixo e de cerca de 2 milhões de habitantes, temos o retrato do tradicional falhanço do nosso desenvolvimento demográfico.
Batidos no seu próprio ambiente, compreende-se que os dirigentes socialistas e respectivos avençados, que são numerosos, tenham dito logo que não se devem extrapolar para o continente os resultados dos Açores. Estão apenas a pregar aquilo que mais lhe convém. Tratando-se do mesmo povo, com a mesma língua, os mesmos hábitos, as mesmas leis e os mesmo problemas, porque não transferir para as próximas legislativas aquilo que acaba de acontecer? Só porque não convém à esquerda?
Tendo em conta o desastre açoriano e as sucessivas sondagens no continente, é quase certo que, salvo tremor de terra eleitoral, em 10 de Março próximo vamos constatar que se acabou o reinado socialista, iniciado em 2015 com a surpreendente geringonça, que não respeitou a tradição "quem ganha governa". Terminou assim ingloriamente o duopólio social-democrata PS/PSD, ou vice-versa, ferido de morte por António Costa em 2015.
Assim sendo, os eleitores tomarenses que pretendam votar com alguma utilidade e eficácia, têm apenas três opções, consoante a preferência de cada um: AD, CHEGA ou PS (por ordem alfabética). No círculo eleitoral de Santarém há 14 opções partidárias, mas as restantes 11 são votos praticamente perdidos, pois não servem rigorosamente para nada. Nas últimas legislativas, em 2022, só as três formações antes indicadas elegeram deputados por Santarém: PS 5, PSD 3, CHEGA 1.
Em conclusão, nada de embarcar em cantilenas. É outra realidade, que inicia outra época, favorável para a direita, agreste para a esquerda. Qualquer que seja a sua opção, vá votar. Não consinta que os outros decidam sem a sua participação.
O fim do socialismo em Portugal foi o 25 de Novembro de 1975. O PS só é socialista de nome, a doutrina é social democrata. É um socialismo social democrata também conhecido por socialismo democrático, o que quer que isso seja!!!
ResponderEliminarMas se o professor e os seus leitores repararem bem o chega também é social democrata. Eles (chega) até falam em taxar os bancos para ajudar os portugueses a aceder á habitação, isentam os jovens de irs até aos primeiros 100000 euros, um jovem que ganhe 1300 euros por mês nos primeiros 5 ou 6 anos não vai pagar irs... quem vai pagar irs? São os maduros, os com família e que vivem com dificuldade? São os reformados com boas reformas? Aos reformados com reformas baixas querem dar uma reforma igual ao salário mínimo. É tudo hipocrisia.