Houve uns tabuleiros desalinhados, e gente a mais no meio do cortejo, mas sejamos tolerantes. É um desfile de amadores, que correu muito bem.
Festa dos tabuleiros 2023
Não sabia que tinham vindo
tabuleiros de tão longe...
Crónica que pretende ser irónica, porque rir ainda é um excelente remédio, quando há sentido de humor.
A mais completa reportagem sobre a apresentação das contas dos tabuleiros 2023, está publicada no site mediotejo.net. Assinada por Jéssica Filipe, (a frequentar o Mestrado em Jornalismo da Universidade da Beira Interior), procura explicar tudo muito direitinho, coisa rara na informação local, que a levou a citar uma parte algo cómica. Ora tenha a bondade de ler com atenção o excerto seguinte, copiado do site antes referido:
"Em 2023 foram 33 as ruas ornamentadas, tendo existido a necessidade de encomendar papel seda para as ruas e papel crepe para os tabuleiros da Alemanha, o que permitiu uma poupança em cerca de 30% a 40% do valor. O que gastámos em papel equivale, em termos lineares, a 1200km, uma distância de Tomar a Barcelona. Em área foram cerca de 60 hectares de papel. O principal custo que temos é, de facto, com o papel, pelo que as ruas têm um subtotal de 219.671, 16€”, afirmou."
Pelo jeito, vieram tabuleiros da Alemanha, para os quais a Comissão pagou papel crepe, e eu convencido de que só as onze freguesias tomarenses é que participavam no cortejo, executando os seus tabuleiros Sendo assim, sugiro que para a próxima festa, em 2027 se o povo assim o decidir, a Comissão providencie também tabuleiros dos Estados Unidos, da Rússia, da China da Inglaterra e da União Europeia, por uma questão de equilíbrio diplomático.
Não deverá ser difícil, porque felizmente há tomarenses em todos esses países, que terão muito gosto em colaborar na Festa grande nabantina. É verdade que este ano as coisas não correram muito bem no Carnaval carioca, com os tabuleiros da Escola de Samba Unidos da Tijuca, mas deve ter sido a excepção que confirma a regra: tabuleiro é um produto exclusivamente tomarense, que não resulta em desfiles fora do vale nabantino. Escreveu o Nini algures, que "os forasteiros admiram os tabuleiros, mas os tomarenses vêem a festa com outros olhos."
Uma dúvida final, que talvez o mordomo me possa explicar. Tendo em conta a enorme diferença de nível de vida, e portanto de custos de produção, entre os dois países, como raio é que na Alemanha o papel de seda e crepe custou menos 30 a 40% em relação a Portugal? Que eu saiba, estão ambos na UE, pelo que não há direitos alfandegários. Querem ver que foi papel chinês transitando pela Alemanha...
Já assisti á conferência de imprensa. Não foram os tabuleiros que vieram da Alemanha, foi o papel seda e outro que ele referiu e que eu não me lembro, um para as ruas e outro para os tabuleiros. É provável que ninguém o fabrique cá em Portugal, é um tipo muito específico. Quanto á poupança de 30 a 40% é muito relativa, se calhar se em vez de 2 camiões ele tem encomendado 4 ou 6 ainda tinha ficado mais barato (e poupado mais!!!) e ele tinha papel para duas ou três festas.
ResponderEliminarFiquei também com a ideia que a comissão recebeu o dinheiro do aluguel dos stands, terrados (o que quer que isso seja!!!), estacionamento dos autocarros, etc.... , que perfaz os 207 mil euros, logo não percebo como é que a câmara se atreve a enganar os tomarenses e a dizer que o custo líquido para a autarquia (e para o contribuinte) foi só de um milhão e noventa e oito mil euros, foi uma habilidade que os políticos da câmara usaram para tentar diminuir "O INVESTIMENTO ", não um custo, que a câmara fez. Mas os Tomarenses são trouxas e comem gelados com a testa, não sabem fazer contas. Esse milhão e noventa e oito mil vem dos impostos dos tomarenses, não vem dos sponsors privados. É uma trafulhice!!!
Os 215 mil são os 207 mais 8 de impostos e taxas.
Quanto aos 66,178.22 euros que transitam para a outra festa são outra habilidade. SÓ 19,597.19 € SÃO EM DINHEIRO, o resto são materiais que ficam para a próxima festa e a que eles atribuíram determinado valor, como o papel, que o Sr.Mordomo Formiga diz que são mais de 20 mil euros, cestos, redes, pregos, tintas, etc.... São mais de 46 mil euros em materiais. O eleitor quando vê a notícia que a festa deu 66 mil euros de lucro pensa em dinheirinho no banco, lucro, a diferença entre as receitas e despesas. Mas não é!!!
Isto é um critério de contabilidade mas é totalmente diferente do que vem sido usado até agora, as regras do jogo mudaram, e isto engana as pessoas. A política é a arte de iludir as pessoas a votarem nelas e o Mordomo também é um político.