quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Tribuna do PSD - Tomar

Tiago Carrão

TOMAR FORA 

DOS BAIRROS COMERCIAIS DIGITAIS


Os Vereadores eleitos pelo PSD na Câmara Municipal de Tomar apresentaram, em reunião de Câmara, uma proposta para que o Município aderisse ao projeto “Bairros Comerciais Digitais” – uma medida com o objetivo de promover a digitalização da economia, ora através da adoção tecnológica por parte dos operadores económicos e pela digitalização dos seus modelos de negócio, ora através da sensibilização e capacitação dos trabalhadores e empresários, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). 
Entendemos que esse financiamento se destacava como uma oportunidade para os setores do comércio e dos serviços abertos ao público, traduzindo-se num impulsionador económico com foco na transformação digital dos agentes económicos e dos seus modelos de negócio.
Curiosamente, a governação socialista reprovou a proposta dos eleitos do PSD, para depois avançar com a referida candidatura. Situação infeliz, que diz muito da forma de estar de quem nos governa. Mas o mais importante estava cumprido. Tomar candidatou-se à medida Bairros Comerciais Digitais, resultado da colaboração entre a Câmara Municipal, ACITOFEBA e a Softinsa/IBM. 
A candidatura do Município de Tomar tinha um investimento de 1.438 M€, com financiamento elegível de 991 mil €. No entanto, após terem sido tornados públicos os resultados das 160 candidaturas, constatámos que a candidatura de Tomar foi considerada “elegível não selecionada”, ou seja, elegível mas sem financiamento, que é como quem diz, nada! Ao contrário de 65 outros Municípios, que viram as suas candidaturas aprovadas e financiadas, entre os quais Torres Novas e Santarém.
Procurei saber mais sobre este processo, na reunião de Câmara Municipal do passado dia 16 de outubro e, para meu espanto, a Vereadora Filipa Fernandes limitou-se a dizer que “o dinheiro não chegou para apoiar todos os projetos”, como se o processo de seleção fosse um sorteio. Não esclareceu, no entanto, a razão pela qual uns projetos foram apoiados e outros não. 
Razão essa que é fácil de perceber, na análise do IAPMEI à candidatura do Município de Tomar, a qual “careceu de uma abordagem mais eficaz no que se refere a alguns subcritérios”, i.e., a candidatura tomarense não reunia as condições necessárias ficando atrás das candidaturas de outros Municípios.
A Câmara Municipal de Tomar recorreu desta decisão, a 2 de agosto, mas quase 3 meses depois, ainda não houve qualquer resposta, conforme informou a Vereadora responsável. E, neste caso, a ausência de resposta é bastante esclarecedora: Tomar vai ficar fora dos “Bairros Comerciais Digitais”.
Mais uma oportunidade perdida para a economia local, para a valorização e competitividade dos serviços e comércio local em Tomar.

Tiago Carrão

Vereador da Câmara Municipal de Tomar, eleito pelo PSD

Presidente do PSD de Tomar

2 comentários:

  1. E isso é preciso !?
    Se temos :
    A Festa dos Tabuleiros .
    A Feira de Sta. Iria.
    As comunidades dentro da comunidade .
    O Flecheiro reabilitado ,para passear os cães ,mais uma zona ajardinada para ser votada ao abandono como tantos outros por falta de gente que trabalhe . Como aquela empresa com 50 trabalhadores ??? 40 estavam no escritório ! Resultado faliu ,coisa que mão acontece com a CMT ,pois como dizia o banqueiro quando questionado se o povo aguentava a crise : Ai aguenta ,aguenta !

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  2. Fazer política é isto e acredito que o Tiago pode fazer bem. Está tudo claro, explicado e fica à vista de todos a falta de capacidade de quem tem a gestão do município. Mas, se me permite, aligeire e simplifique a comunicação.
    Já concluí há muito que são pouquíssimas as pessoas que lêem um texto deste tamanho, são ainda menos as que o conseguem perceber e o Tiago vai precisar de ser lido e entendido por muitos. Vai precisar o Tiago e precisa Tomar que os eleitores o percebam.
    Um dos problemas de Tomar é que a Câmara capturou a capacidade de influenciar que o partido que a suporta devia ter. Ao invés do PS ser o suporte da Câmara, o que acontece é exatamente o oposto. Espero que o PSD tenha aprendido essa lição e que possa dar voz às bases, que são as pessoas, que tudo (ainda) vão suportando.

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