sábado, 21 de outubro de 2023

Gestão municipal

O Nabão e o risco de inundação

 Flood Risk Area Viewer (europa.eu)

Tomar na lista de zonas de risco de inundações | Tomar na Rede


Informa o Tomar na rede que a União Europeia acaba de publicar no seu site (ver link supra) o mapa das zonas inundáveis na Europa. Tomar a dianteira 3 foi consultar e verificou que, em Tomar,  toda a zona urbana ribeirinha integra o leito de cheia, o qual se prolonga para jusante.
Vem a propósito recordar que a Câmara encomendou há pouco tempo, por cerca de 25 mil euros, um estudo das zonas inundáveis ao longo do rio, decerto sem qualquer relação com este documento comunitário. Apenas por precaução.
Ainda em relação a eventuais inundações na zona da cidade antiga, convém recordar que o açude de madeira do Mouchão, que sempre foi temporário, passou a definitivo por decisão da srª presidente Anabela Freitas. (ver imagem)
Ao ser-lhe recordado na altura que estava a atraiçoar a tradição, e que o açude definitivo constituía um risco elevado de agravamento de cheias, ao elevar o nível da água do rio em mais de meio metro, a autarca garantiu que, apesar disso, não havia qualquer risco suplementar para a população, resultante da modificação do açude.
Agora com este estudo da União Europeia, e o outro que certamente não tardará, resta aos tomarenses, sobretudo aos habitantes da zona ribeirinha,  aguardar a próxima enchente do Nabão, para então poder constatar o milagre tomarense, anunciado pela autarca: Um açude permanente, que aumenta em mais de 50 centímetros o nível da água do rio, na parte poente do Mouchão, consegue depois a façanha de não agravar a enchente naquela zona, segundo garantia presidencial.
Tratando-se obviamente de uma questão de fé, na boa tradição católica local, vamos aguardar a próxima inundação. Se e quando a água estiver cá fora, na zona da Várzea pequena, já estou a ouvir a justificação camarária: -Não tem nada a ver com o açude temporário, que deixou de ser retirado no final do verão, como sempre acontecia, para poupar trabalho aos funcionários da autarquia. É apenas mais uma consequência lamentável das alterações climáticas. Medidas de prevenção? Querem lá  saber o que isso é.
Em Tomar, a culpa morre sempre solteira. Excepto quando de trata de crítica fundamentada aos senhores autarcas da maioria socialista. Aí a culpa é dos falsos jornalistas, que andam sempre a tentar endrominar a população. Felizmente há os órgãos de informação subsidiados pela Câmara, que praticam o verdadeiro jornalismo, segundo o actual presidente. Pobre terra com tais autarcas!


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