Agra - India - Taj Mahal
Indústria turística
Terminou a época alta,
começaram os rankings anuais de promoção
É todos os anos assim, desde que o turismo se tornou uma importante indústria em todos os países, com destaque para os mais desenvolvidos economicamente. Terminada a época alta, incrementa-se a elaboração de produtos para o ano seguinte. Aproveitando o maná proporcionado pelos vários governos, sedentos de fama e notoriedade, vai florescendo a indústria parasita dos rankings e outros prémios.
A credibilidade é geralmente pouca, com a venda quase descarada de prémios, como nos concursos televisivos, dando origem a situações como a de Portugal, que acaba de arrecadar 22 prémios (!!!), atribuídos por essa tal indústria parasita. Porto melhor destino europeu de luas de mel, Lisboa melhor escapadinha europeia, Algarve melhores praias de inverno, e coisas assim.
Há uma ou outra excepção, e Tomar a dianteira 3 foi consultar a mais notória. A do guia turístico em inglês Lonely Planet, que tem a enorme vantagem de resultar da votação dos seus usuários, que são milhões. Eis alguns resultados surpreendentes.
10 melhores países para visitar em 2024 1º Mongólia, 2º India, 3º Marrocos ...9º Croácia, 10º Santa Lúcia. Portugal não figura.
10 melhores cidades para visitar em 2024: 1ª Nairobi, 2ª Paris, 3ª Montreal... 9ª Esmirna, 10ª Kansas City. Não há cidades portuguesas.
10 melhores regiões para visitar em 2024: 1ª Ciclovia transdinárica, 2ª Ilha Kanguru, 3ª Toscânia... 9ª Montana, 10ª Norte da Escócia. Não há regiões portuguesas.
10 melhores destinos qualidade/preço em 2024: 1º Médio Oeste -USA, 2º Polónia, 3º Nicarágua...9º Lagos do sul, 10º Comboios nocturnos europeus. Não há qualquer referência a Portugal.
10 destinos mais sustentáveis em 2024: 1º Espanha, 2º Patagónia, 3º Groenlândia... 9º Estradas bálticas, 10º África do sul. Há uma referência a Portugal: o Caminho português de Santiago aparece em 5º lugar.
Perante isto, o mais aconselhável para os responsáveis tomarenses, sempre de vento em popa nestas coisas, será moderarem as expectativas, baixar as velas e ir tomando chá de tília, que acalma os ímpetos. As perspectivas não são boas para o turismo português em 2024, apesar da chuva de prémios encomendada pelo Turismo de Portugal. Quanto ao turismo do centro, o deslumbramento tem os dias contados.
Bom dia Professor. Não se preocupe que eles desenrascam-se, a administração da CGD, banco público e maior banco português,que cobra comissões aos clientes para lá terem o dinheiro e renumera os depósitos a prazo miseravelmente mostrou interesse em reservar 80 dos 100 quartos do Vila Galé. Já que eles vão gastar o dinheiro que o façam em Tomar, mas com isto podem ver a sujidade que grassa neste país. Adorava saber o tema da reunião/seminário.
ResponderEliminarBom dia Helder, boa saúde e boa disposição. Como por vezes acontece, a notícia sobre a reserva de 80 quartos pela CGD no Vila Galé, não prima pela clareza.
EliminarTrata-se de uma reserva de 2-3 dias, para participantes na reunião anual de negócios da Caixa. Turismo de negócios potanto, até agora muito limitado em Tomar, por falta das tais estruturas de acolhimento. Os técnicos do Vila Galé galé detectaram a lacuna e o hotel equipou-se com um auditório de 300 lugares, que os da Caixa vão aproveitar.
Apesar disso, o grande problema de Tomar vai continuar e agravar-se: Não sabem ganhar dinheiro. São especialistas a esmifrar o Estado e os fundos europeus, para despesas sem retorno, que baptizam erradamente como investimentos.
https://radiohertz.pt/tomar-administracao-da-caixa-geral-de-depositos-devera-reservar-80-dos-100-quartos-do-vila-gale-esta-e-uma-forma-de-divulgar-a-cidade-c-video/
ResponderEliminarO dono do Vila Galé é que é um empreendedor, Professor. Começou com um no algarve nos finais dos anos 80 e hoje são 37, e não pára!!! Só se reforma quando morrer, nota-se que tem gosto pelo trabalho. E veja a maneira dele falar, como ele comunica. Há outras pessoas em Tomar que também são empreendedores. Começaram os negócios pequenos, trabalharam muito, a princípio não haviam férias nem fins de semana e eram 16 horas por dia e hoje são jovens na casa dos 60, 70 e estão muito bem, têm muito dinheiro, várias vivendas, várias amantes e seguem o Benfica para todo o lado... A empresa é para eles como um filho, fazem tudo para a manter e se algum dia a empresa fechar (morrer) eles choram. Aqueles que são bons vão reforçando a empresa ao longo do ano, vão aumentando o capital social para se houver algum problema estarem precavidos. Mas ao princípio passaram muito, fizeram muitos sacrifícios. E tenho a certeza que o Professor também conhece e conheceu pessoas assim. Infelizmente essas pessoas não se metem na política, não precisam de se sujeitar áquele lodo, ás mentiras e ás provocações. Há malta que os critica por trabalharem tanto mesmo sem precisarem, dizem que quando eles morrerem não o levam com eles, o dinheiro fica cá, o que é verdade, mas os empreendedores têm gosto no trabalho.
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