Celso Carvalho
Política local
Com comentadores assim
vamos de mal a pior
Ignoro quem seja o cidadão autor do comentário supra, que foi copiado do Tomar na rede. Nem sequer sei se é mesmo o nome de um eleitor, ou um simples pseudónimo. Escrevo isto à laia de intróito, procurando evitar que as boas almas do costume percam tempo a pensar que se trata de mais uma embirração da minha parte.
Acrescento, por também me parecer importante, que o autor do comentário tem inteira liberdade de opinião , de expressão e de escrita, como qualquer outro cidadão, de preferência daqueles que pagam impostos. Convém é escrever o melhor possível, evitando fornecer informações sem fundamento. Falsas portanto.
Neste caso, temos de concordar que o troço frásico "num local que é privado e nem sequer pertence à autarquia municipal municipal de Tomar", é triplamente redundante.
Se é privado, não adianta dizer que não pertence à Câmara. Sendo uma autarquia é forçosamente municipal. Tratando-se de municipal, dada a localização terá de ser de Tomar. Uma baralhada inútil portanto, a revelar dificuldade no uso corrente da língua que nos devia unir mas, como escreveu o outro, "Somos quase dez milhões de portugueses, separados pela mesma língua".
Segue-se, para agravar ainda mais a questão, que todo o conteúdo do comentário é falso. A Câmara vai construir o "skatódromo" num terreno público, que nunca pertenceu à CP e muito menos à REFER. Foi, durante muitos anos, a via de acesso ao então celeiro da FNPT- Federação Nacional do Produtores de Trigo, que os comunistas na clandestinidade traduziam nas tabernas por "Fome Nunca Passámos Tanta". E era bem verdade, na época, com racionamento alimentar e tudo.
O terreno parece portanto ter pertencido ao Ministério da agricultura, no tempo da outra senhora, tendo sido depois vendido a uma empresa tipógrafica privada, que deixou de usar aquela via, optando pela rampa de acesso directo, encostada à vedação sul da Estação rodoviária, e entretanto desapareceu num gigantesco incêndio. (ver imagem) Que descanse em paz o seu dono, o saudoso Mário Gonçalves, por alcunha Mário 14, um dos generosos empresários locais que levaram o União à primeira divisão, e aí o conseguiram manter durante alguns anos, antes das SAD.
Temos assim que o citado terreno está abandonado, porque sem uso há mais de 30 anos, pelo que a Câmara pode a qualquer momento, e se necessário invocar a sua posse por usucapião, tanto mais que se trata de parte do antigo rossio ou Várzea grande, tal como os terrenos agora na posse dos caminhos de ferro, por cedência da autarquia.
Em conclusão, convém que, em futuras ocasiões, o respeitável comentador Celso Carvalho verifique melhor as suas informações, antes de as publicar, indicando idealmente em que fonte ou fontes se abasteceu.
Com comentadores assim, que publicam informações falsas, aparentemente para tentar travar ou complicar uma obra camarária, não vamos longe. Aqui fica o recado, certo que ninguém me vai acusar de estar a defender a maioria socialista, quando me interessa apenas a verdade.
Será um assunto parecido com o terreno do CIRE?
ResponderEliminarJá agora como está o contencioso do mesmo?
Entretanto, o comentador Carlos Martins, opina no Tomar na rede que o "skatódromo" ficava melhor no Flecheiro, do que entalado entre dois equipamentos já existentes. Deve ser um quadro superior do urbanismo da autarquia. Não frequenta o Tomar a dianteira 3, para não desagradar aos patrões nem credibilizar o gajo do blogue. Está-se marimbando para a população local. Caso contrário, teria tido em conta o sossego dos moradores contíguos ao Flecheiro, antes de fazer a proposta, a qual, como muito bem escreve, vale o que vale,
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