sexta-feira, 6 de outubro de 2023



Autarquia

Um HÊSITO a nova  distribuição de pelouros


Isto de análise política não é só criticar, "dizer mal", "má-língua". Deve ser também, ou devia ser,  louvar, gabar, "crítica construtiva", o sonho dos canastrões locais, que nem sabem bem do que falam. Em resumo, pretendem que se diga bem do que está mal, e quando tal não sucede, acusam de dizer mal do que está bem. Balelas. Tomar a dianteira 3 limita-se desta vez a duas figuras locais, para poupar recursos e evitar dramas prematuros.
Diz-se, com alguma crueldade, ali para as bandas do quartier latin, que o ensino é uma bela carreira, desde que se saiba sair a tempo. A ser verdade, o nosso presidente já conseguiu uma saída airosa por duas vezes. Primeiro, quando veio para a política a tempo inteiro, onde não se anda a toque de campaínha e de assinatura de livro de ponto. Agora, transferindo esse pelouro trabalhoso da educação para a senhora vereadora Filipa Fernandes. De um docente para uma leiga na matéria. A mostrar como vão as coisas na política em Tomar. Depois lastimam-se...
Apesar disso, é suposto que o novel presidente nem tenha EXITADO na escolha.  Não só a nova titular é reconhecidamente partidária da educação pela música à borla, (e o senhor presidente já foi um bom executante na Banda Gualdim Pais), como o seu HÊSITO nos pelouros anteriores, que mantém, leva a supor que estamos perante uma nova prática pedagógica no ensino da ortografia e da língua materna em geral. Refiro-me à aprendizagem por osmose, em clima de veraneio permanente. De tanto contactar com educação e ensino, em simultâneo com turismo e cultura, é quase inevitável ir aprendendo qualquer coisinha nessa área, mesmo em regime estival. Dá cá uma sede!
Oxalá venha a ser um um grande sucesso, de forma a passar a escrever-se petiscos em vez de street food e ÊXITO em vez de HÊSITO. Já vai sendo tempo, ao cabo de dez anos como política a tempo inteiro, e não obstante com coragem para escrever que nunca viveu da política, apesar de até ter ido à Índia, representando Tomar, como o Vasco da Gama nos bons tempos de antanho. Um sucesso, ou quase.
Temos porém de reconhecer a evidência. Os cidadãos não se queixam de falta de música, de falta de ajuda aos desvalidos ou de falta de animação cultural. Apenas de excesso de ervas nas ruas, de lixo por recolher, de falta de estacionamento  e de ambulâncias. Mas o que é isso, comparado com um bom concerto à borla, ou uma comezaina bem regada? Para já não falar na Festa grande, o que seria para alguns uma blasfémia.
Os campomaiorenses há oito anos que não fazem a festa grande deles, dita Festa da flor. Mas esses são alentejanos. Gente que fica assarapantada com pouca coisa.


2 comentários:

  1. Era de se esperar esta distribuição: o Hugo Cristóvão fica com a fatia de leão dos pelouros e gabinetes. Isto vai passar a ser um "one man show". A outras duas deputadas são duas carinhas larócas mas não têm capacidade para serem uma muleta para o presidente. O Hélder Henriques mantém os pelouros porque não é um homem do partdo, penso que ele é independente. Parece-me ser uma má equipa. Tenho muita curiosidade em ouvir a nova vereadora, ainda não disse uma palavra. Vamos ver....

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  2. Quanto a musica já o Luís Ferreira tinha sido membro tocador da Nabantina .
    Quanto ao ATL, está melhor pois baixou a média de idade do executivo dos camaradas.

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