Obras - Autarquia - Várzea grande
Decadência e abandalhamento
começam a ser preocupantes
As fotos acima mostram ao que já se chegou em Tomar, outrora uma terra de gente com brio e vontade de acertar. De gente com orgulho na sua terra, que procurava ajudar de todas as formas possíveis. Agora, os tempos mudaram, e infelizmente a mudança nem sempre foi para melhor.
Ó tempo volta pra trás? Claro que não! Mas perto de 50 anos após Abril de 74, é grande a descrença, nota-se a decadência e há cada vez mais bandalheira, sem que a informação local dê conta do recado, como é seu dever.
Repare nas fotos citadas, obtidas na tarde de 05 de Outubro de 2021. Uma delas com um aspecto da calçada tradicional na Rua da Graça (Avenida Cândido Madureira), ornada com cruzes da Ordem de Cristo, canónicas. As restantes são da calçada da Várzea grande, do lado poente.
É chocante a evidente falta de qualidade de execução, e a culpa pode não ser só, nem sobretudo, dos calceteiros. Talvez até seja mais da óbvia falta de supervisão por parte do autor do projecto e da fiscalização da obra. Trabalhos deste calibre, nem sequer são dignos de estar expostos ao público, porque envergonham TODOS os habitantes da terra, considerados ignorantes e labregos por quem nos visita, cuja educação não os habituou a reclamarem.
Com uma execução péssima, que estão ali a fazer aquelas cruzes? A única que se pode considerar aceitável, tanto em qualidade como em cabimento, é a dos templários. As outras representam o quê afinal? A bandalheira local?
Quem escreve estas linhas conseguiu identificar duas, a da Ordem de Malta e a dos Templários leoneses (espanhóis). Tomar teve ou tem alguma coisa a ver com essas duas ordens de cavalaria estrangeiras? Então porque resolveram expor ali essas cruzes? Simples ignorância grosseira? Já estive em Malta e em Ponferrada (Leon-Espanha). Não vi por lá qualquer cruz dos templários portugueses, na calçada dos passeios urbanos. Porquê então esta ideia peregrina da Várzea grande? Estamos cada vez mais bacocos?
A informação local, com tão bons profissionais, nunca se deu conta de tal vergonha? Ou já sabem há muito, estão envergonhados, mas nada podem dizer, por causa dos fins de mês? Houve um tempo em que a dignidade não tinha preço. Outra era, outra gente. Agora é o que se vê. Aumentam os abusos de toda a ordem. E a decadência acentua-se. Até quando? Até onde?
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