Jardim frente ao Mosteiro de Alcobaça, antes da reposição do terreiro antigo
Aspecto actual do terreiro frente ao Mosteiro de Alcobaça
Imagem Tomar na rede, com os nossos agradecimentos
O que já vai acontecendo na Várzea grande
Autarquia - Urbanismo - Erros - Várzea grande
ERROS MEUS, MÁ FORTUNA, AMOR ARDENTE
A imagem supra aponta para aquilo que vai acontecer no futuro com a Várzea grande, e as suas obras falhadas. Os carros vão ser cada vez mais e, não havendo mais locais de estacionamento, próximos do mercado e do núcleo histórico, acabarão por invadir de novo o tabuleiro central e adjacências.
Antecipando problemas bem mais complicados, e tendo em linha de conta a recente e feliz decisão de Anabela Freitas, ao reconhecer implicitamente que houve erros na Nun'Álvares, e remediando na medida do possível, propõe-se à srª presidente da Câmara, ao sr. arquitecto autor do projecto, e restantes intervenientes, a adopção da abertura de um conhecido soneto de Camões.
Erros meus, má fortuna, amor ardente, escreveu o poeta. Pois façam vossas essas palavras imortais, que não envergonham ninguém. Erros vossos e má fortuna deram origem a três milhões em obra falhada. Que não melhorou nada, bem pelo contrário. Que não serve para nada, a não ser para enfeitar e para envergonhar os seus autores, digam eles o que disserem. Há portanto que reconhecer os erros, fazendo mea culpa e encontrando a melhor solução. Tudo pelo amor ardente por esta terra-mãe. Ou são tomarenses só de boca?
Enquanto não houver fundos europeus para cavar o almejado parque subterrâneo de 600 lugares (500 para automóveis e 100 para autocarros de turismo), deve a câmara autorizar de novo o estacionamento no tabuleiro central, pois agora já não haverá buracos, uma vez que está pavimentado "à moderna". Deve igualmente trazer de novo a Feira de Santa Iria para o seu lugar de origem, e a Feira das passas para a Rua dos Arcos. É uma questão de dignidade e de respeito pela tradição local. A História de Tomar não começou em 2013, com esta maioria PS.
Para além dos apetites, das modas, das manias, das modernices e das quezílias tomaristas, pelo que tenho ouvido por aí, é isso que os tomarenses do coração querem mesmo. (E também que deixem de degradar o Mouchão, uma lástima!, indo fazer os eventos para o terreiro da Mata dos Sete Montes.) Haverá coragem para tanto?
Uma vez concluído o proposto parque subterrâneo, então já o terreiro primitivo poderá ser reposto, com árvores que não sejam sul-americanas, como acontece com as que lá estão agora, quase todas secas. (Ver imagem do terreiro frente ao mosteiro de Alcobaça, reconstituído onde antes havia um jardim.) E os tomarenses ficarão finalmente muito agradecidos, em vez de muito constrangidos, como agora.
Havendo coragem....
ResponderEliminarConcordo consigo, a Várzea Grande é um projeto que agrada a muito poucos, não é confortável nem nunca poderá ser um espaço de fruição da população, nem gerador de mais valias.
ResponderEliminarA tendência atual são os parques urbanos, arborizados, autossustentáveis sem necessidade de consumos elevados de água e energia e baixa manutenção... este terreiro é moda já vista, do inicio do século.
Torrar 3M€ naquilo, com tantas obras estruturais por fazer, não faz sentido
Mas sobre essa proposta de um novo parque de estacionamento na Várzea Grande julgo que não é a mais adequada, já que tem muitas desvantagens:
- custo de construção muito elevado (poderá ser 3x mais do que um parque em altura/superfície
- custos patrimoniais - arqueologia
- custos de exploração e durabilidade - está abaixo do nível freático
Para fazer um parque naquele local precisa de fazer 2 lajes (ensoleiramento geral por causa do nivel freatico e de cobertura eventualmente ajardinada) e paredes de contenção estanques, para além de sistemas de ventilação mecanica, bombas de agua, etc). Com essas 2 lajes "especiais" consegue fazer um estacionamento com 3 lajes "normais" (considerando estacionamento na cobertura ao ar livre), o que triplica a capitação com o mesmo custo de obra.. e sem arqueologia profunda, isto números redondos eheheh
Assim, em alternativa devem procurar-se locais muito mais baratos e rápidos de licenciar (DGPC, APA..) e construir, exemplos:
1. traseiras das antigas instalações militares/convento s.francisco (encosta da estrada Paialvo) - o desnível permitiria construir vários pisos acima do solo (area 3x5000m2>> 500 lugares (com a vantagem de melhorar acessibilidades entre estrada paialvo/FAI com zona baia).
Outra vantagem seria a proximidade à Mata N7Montes e Convento.. e centro histórico
2.traseiras do centro emprego/mercado (3x2000m2>> 200 lugares
... ou entao investimentos mais profundos:
3. novo mercado com estacionamento no piso inferior (10000m2 >>330 lugares), e devolvendo 5000m2 de terreno para jardim/margem do rio
(de notar que o Mercado está atualmente a uma cota mais baixa que as ruas que o cercam, com problemas notórios de acessibilidade - a sul sem rampas por ex. poderia ser sobrelevado facilmente 1 a 2 pisos sem impacto visual)
4. novo terminal rodoviário (incluindo autocarros de turismo) no local da estação autocarros 1980: com 4000m2 >> 200 lugares
..e seguramente haverão mais e melhores soluções, estudadas por quem tem o conhecimento de causa
Tem razão. Aqueles terrenos da encosta de Santa Bárbara são excelentes para um grande parque de estacionamento. O problema é que são ainda militares e fazem parte de uma salganhada administrativa muito difícil de ultrapassar.
EliminarDe qualquer modo, a actual maioria já fez saber que conta utilizar parte deles para um grande edifício apto a receber todos os serviços administrativos camarários. Para os senhores eleitos poderem ficar à vontade naquilo que eles julgam ser o seu palácio, mas mais não é que a Casa do concelho, quer dizer, de todos nós, mesmo dos que nem pagam impostos por estarem dispensados.