Já se esperava que a indicação do candidato laranja incomodasse muita gente. Qualquer que fosse a escolha. Mas nem eu imaginei que as reacções pudessem ser tão nojentas logo no início. Falo livremente, pois como é sabido até apoiei neste blogue a candidatura de Lourenço dos Santos. Dito isto, tenho de reconhecer, como já fiz no escrito anterior, que Boavida é para já, salvo algum grave acidente de percurso, o previsível vencedor em Outubro próximo.
A quem mais incomoda esta situação? Logicamente, ao PS, que não quer perder o poder. E à CDU, que deseja renovar a coligação, única maneira de ter algum poder. Há, é certo, os outros candidatos, que no entanto, salvo surpresa das grandes, não contam em termos de vitória. Donde resulta, por conseguinte, que qualquer reacção menos equilibrada à candidatura Boavida é naturalmente atribuída a dirigentes e militantes das duas agremiações políticas citadas. Mesmo que nada tenham a ver com o assunto, ninguém acreditará, salvo os próprios.
Nestas condições, como interpretar estes dois comentários, ambos pestilentos e tremendamente doentios:
Anónimo27 de janeiro de 2017 às 12:10
Muito boa pessoa mas não tem perfil para presidente. Ninguém fala das facturas escondidas, porquê?????
Boavida - Candidato em situação instável e preocupante envolto num sentimento de grande pessimismo.Vai ser uma campanha de grande conflito e deverá ser responsabilizado pelos graves danos causados a Tomar. Começam já a ser enumerados os "buracos" em que esteve envolvido.
Ambos os comentários podem ser lidos no seu contexto aqui. O negrito é de Tomar a dianteira.
Qual a intenção de merdas como estas, ainda por cima anónimas. Que oficina partidária local engendra nódoas assim? Ou trata-se simplesmente de um qualquer desequilibrado mental? Liberdade de expressão? Todos os que a defendem e sempre assim agiram, só podem ficar envergonhados com tais exemplos. É para isto que serve afinal a liberdade?
Quem acompanha estas coisas da política tomarense com algum conhecimento e assiduidade, sabe bem que os eleitores nabantinos estão a ficar cada vez mais agoniados em relação às eleições locais. Com toda a razão. Para se ter uma ideia mais precisa, publica-se um pequeno quadro recapitulativo. Na primeira coluna a percentagem de abstenções no concelho de Tomar, na segunda a percentagem de abstenções + votos brancos + votos nulos:
Autárquicas 2005------------------38,99%---------45,13%
Autárquicas 2009------------------41,21%---------45,85%
Autárquicas 2013------------------46,70%---------55,62%
Presidenciais 2016----------------48,3%-----------50,94%
Os dados oficiais não enganam. Em dez anos, a percentagem de abstenções aumentou 10%. E o problema é mesmo tomarense. Em 2013, praticamente 56 em cada 100 eleitores ou se abstiveram ou se recusaram a escolher qualquer candidatura (4,73% votaram branco e 4,19% votaram nulo), mas em 2016, nas presidenciais, esse total baixou para 51, com apenas 1,38% a votar branco e 1,26% a votar nulo. É uma grande diferença comportamental! E, no meu entendimento mostra, sem margem para dúvidas, que os tomarenses com estômago para actos eleitorais locais são cada vez menos. 8,92% votaram branco ou nulo nas últimas autárquicas, em 2013, mas apenas 2,64% fizeram o mesmo nas presidenciais de 2016. O que não prenuncia nada de bom.
Em consequência, penso que este ano a questão central é esta: Anabela Freitas deve ser julgada pelo que fez, pelo que não fez, por aquilo que deixou fazer e pelo programa que apresentar. Já Boavida só poderá ser julgado pelo projecto que apresentar. O resto só dentro de 4 anos, uma vez que nunca concorreu nem foi eleito, pelo que não tem que prestar contas. A não ser, eventualmente, à justiça, caso tenha cometido qualquer delito. Que se saiba, mesmo nos "jornais de café", nada consta. O resto são apenas tentativas mais ou menos calhordas para tentar iludir e baralhar e assim manipular o eleitorado. O qual, como se viu acima, dá sinais evidentes de estar farto de palhaçadas, de ilusionistas e outros vendedores de banha da cobra.
Nestas condições, alarmado e triste com a situação presente e com o que ela deixa antever, faço um apelo solene. Na zona, o único abrigo seguro para os praticantes do assassinato político a coberto do anonimato é o Tomar na rede. E os eleitores tomarenses vêm demonstrando não ter paciência para tal prática. Por conseguinte, ou Tomar na rede passa a aceitar e publicar unicamente comentários identificados, pelo menos pelo seu administrador, ou a sua credibilidade irá desaparecendo pouco a pouco, à medida que a situação política local se for agravando. E poderá mesmo vir a ter problemas com o poder judicial. Porque em caso de tranquibérnia grave, quem assume é sempre o administrador, conforme tem acontecido, nomeadamente em França.
Portanto, o apelo aqui fica: Acaba com os anónimos cobardes, Zé! Os tomarenses de alma e coração agradecem.
anfrarebelo@gmail.com
Nestas condições, alarmado e triste com a situação presente e com o que ela deixa antever, faço um apelo solene. Na zona, o único abrigo seguro para os praticantes do assassinato político a coberto do anonimato é o Tomar na rede. E os eleitores tomarenses vêm demonstrando não ter paciência para tal prática. Por conseguinte, ou Tomar na rede passa a aceitar e publicar unicamente comentários identificados, pelo menos pelo seu administrador, ou a sua credibilidade irá desaparecendo pouco a pouco, à medida que a situação política local se for agravando. E poderá mesmo vir a ter problemas com o poder judicial. Porque em caso de tranquibérnia grave, quem assume é sempre o administrador, conforme tem acontecido, nomeadamente em França.
Portanto, o apelo aqui fica: Acaba com os anónimos cobardes, Zé! Os tomarenses de alma e coração agradecem.
anfrarebelo@gmail.com