Tabuleiros a património imaterial da UNESCO?
Um seminário assaz peculiar
A imagem supra documenta um seminário, a ter lugar no Politécnico de Tomar, na sexta-feira, 21 de Julho. Por razões que entendo perfeitamente, e aceito sem protesto, antes pelo contrário, não fui convidado e agradeço. O que me leva a escrever esta crónica é a curiosa e variada participação activa no citado evento, ao que percebo integrado na candidatura dos tabuleiros a património imaterial da UNESCO, e financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia.
Começando pelo princípio, como diria o secretário do senhor de La Palisse, Cláudia Pires da Silva é-me desconhecida. Nunca antes ouvi falar da senhora e o Projeto FestasB, ignoro do que se trata. Está publicado? Onde? Tenho uma vaga ideia do pai, (ou sogro?), que foi presidente do IPT durante anos, embora sem doutoramento.
Marta Dionísio também não consta dos meus conhecimentos, nem entendo muito bem o que possa vir fazer num colóquio sobre tabuleiros nabantinos, admitindo contudo que seja eventualmente muito útil. Quanto a João Coroado, é o actual presidente do IPT, doutorado em geologia, se não erro. Só não estou a ver a sua ligação com à festa grande tomarense. Nem ele nasceu cá, nem os tabuleiros são de pedra.
Sobre a nossa querida conterrânea e presidente PS Anabela Freitas, que está de abalada para Aveiro, como vice de um presidente PSD, nada mais acrescentarei, para além de lhe desejar sinceramente boa viagem e todas as felicidades possíveis no novo cargo.
Quanto à senhora Ana Saraiva, chefe de divisão da DGPC, talvez ela aproveite o ensejo para explicar finalmente porque motivo ou motivos a candidatura dos tabuleiros tardou quase quatro anos para ser inscrita na lista nacional do património imaterial, contra uma média de seis meses a um ano, para outras candidaturas. Oxalá assim aconteça.
Segue-se o autor executivo da referida candidatura, André Camponês, que entretanto foi contratado como funcionário superior da autarquia, e que antes fora indicado ao município tomarense pelo seu director de tese, autor da candidatura da Festa da flor, em Campo Maior, à UNESCO.
Sobre a respeitável vereadora do Turismo e da Cultura, Filipa Fernandes, julgo supérfluo acrescentar o que seja, após a célebre viagem à India, em representação do município, e sobretudo depois da longa lista de eventos musicais à borla e no Mouchão, que já custaram ao município bem mais de um milhão de euros, e boa parte da relva daquele ex-belo parque urbano, sem retorno efectivo, para além dos votos comprados. e que não terão falhado.
Logo a seguir, aparece João Victal, funcionário do município, ex-mordomo competente, culto, simpático e discreto, que continua todavia sem explicar porque resolveu há quatro anos deixar de ser responsável executivo pela festa.
Finalmente, João Pedro Coelho, Tiago Pereira e Tânia Grazinas serão decerto jovens talentos locais, dos quais todavia nunca ouvi falar antes. Ignorância minha portanto. Ignoro totalmente o que possa ser o "Projecto FESTAB", ou qual a relação dos tabuleiros com "A música portuguesa a gostar dela própria". Será já a tal ideia, exposta por Luís Ferreira no Facebook, de ir transformando progressivamente a Festa grande tomarense num festival de música portuguesa, pré-anunciado pelos 20 concertos à borla deste ano?
A terminar, a minha dúvida é esta: Carlos Trincão -que é agora o tomarense que mais sabe sobre os tabuleiros e não só- Áppio Sotto-Mayor, Ernesto Jana ou Maria de Lurdes Craveiro, não foram convidados porquê? Ou foram e recusaram participar como actores, num filme em que não se sentiriam bem? Eles o dirão, se assim o entenderem.
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