sexta-feira, 28 de julho de 2023

Foto copiada de Tomar na rede, com os agradecimentos de TAD3.

Um festivaleiro estrangeiro, sob o efeito de anfetaminas, cagou, conspurcou e masturbou-se na TAC do Hospital de Castelo Branco, tendo sido chamada a PSP, que finalmente o conseguiu dominar. (Ver link infra).

Apesar dos conservadores empedernidos

Parece finalmente a caminho 
a inevitável reforma da Festa dos tabuleiros




Mas cautela e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém. Desde logo, para moderar a oposição dos defensores da tradição, que nem sabem muito bem de que tradição se trata. A de 1934? A de 1950? Uma das posteriores? Depois porque, se já tivesse sido feita tal série de alterações, não estaríamos agora a divertir-nos com a evidente atrapalhação de alguns, para conseguirem finalmente fornecer totais credíveis de visitantes para a edição deste ano.
É sobretudo aí que está o busilis da questão. Quantos vieram à festa? Quanto rendeu a festa? Duas perguntas simples, sem resposta incontroversa enquanto não houver controle total das entradas. Com bilhetes pagos ou gratuitos, porém obrigatórios para fins estatísticos. Vai sendo tempo de abandonar a tradicional música de embalar: "Cumprir a tradição, promover Tomar, incentivar o trabalho comunitário, exaltar o tomarensismo", etc. Já deu para perceber que se trata também de comprar votos. Bastante caros, por sinal.
Há quem diga que na verdade, a reforma da festa já começou, e que a edição deste ano foi a mais bem organizada de sempre, na via da transformação da tradicional festa religiosa, numa manifestação mista, tipo Festival de música - Festa dos tabuleiros, como aconteceu este ano com os 20 concertos gratuitos, 10 na Várzea grande e outros 10 no Mouchão. "À bruta como os ricos, num concelho com muita gente pobre, incluindo pobres de espírito", conforme já li algures.
São afinal os oportunistas do costume, que defendem sempre a posição bem conhecida do personagem de Lampeduza: "É preciso ir mudando qualquer coisinha, para que tudo possa continuar na mesma." Só que, desta vez, parece ser largamente insuficiente. Por um lado, há até membros da Comissão central da festa a gozar com a óbvia atrapalhação para fornecer números. Por outro lado, a propalada transformação a prazo dos tabuleiros num festival de música, com o cortejo tradicional como ponto alto, pode não ser a evolução mais adequada.
Sendo certo que os excursionistas à antiga são de interesse quase nulo para a economia local, é também verdade que se tratará de uma percentagem pouco significativa do total de visitantes, logo que Tomar possa facultar adequadas estruturas de acolhimento, nomeadamente estacionamento e pontos fixos de tomada e largada de passageiros na área urbana, permitindo assim que todos tenham acesso aos restaurantes e outros estabelecimentos, sem cansativas e imprevistas caminhadas demasiado longas, o que obriga a trazer farnel. Quem sabe que vai para o mar, avia-se em terra. Foi o que aconteceu em muitos casos.
Acresce que o anunciado festival de música agregado aos tabuleiros, como sucedeu este ano, pode não ser a melhor solução, tendo em conta igualmente que os festivaleiros também não são todos de elevado poder de compra, antes pelo contrário, e alguns têm mesmo comportamentos inaceitáveis. Leia-se o link supra, e imagine-se o escândalo que seria, se tais desmandos ocorressem em Tomar. Afinal, o Festival de Idanha a Nova até foi bem modesto, comparando com os tabuleiros. Reuniu apenas 35 mil visitantes no total, contra o milhão e meio anunciado pelo mordomo da Festa grande, logo no início. E mesmo assim...

 

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