sexta-feira, 7 de julho de 2023

 Eventos musicais da Câmara

O Mouchão até mete dó

Desde há dez anos que a vereadora da cultura parece andar a rir-se dos tomarenses mais antigos. Daqueles que gostam mesmo de Tomar, dos seus jardins, monumentos e paisagens. Limpos e bem cuidados. Apesar dos sucessivos reparos, tem insistido nos eventos no Mouchão, que não tem condições para isso. E agora, durante a festa, resolveu exagerar. Há eventos na Várzea grande -a nova vitrine da maioria PS- mas infelizmente também no Mouchão. Que tem este aspecto lastimável:


O que já foi espaço verde, é agora apenas terra batida. Até mete dó! Além da evidente degradação do jardim, nitidamente abandalhado desde que esta maioria que temos iniciou funções, há também a evidente falta de respeito pelos hóspedes do Hotel dos templários, e agora igualmente pelos da Estalagem. Cai-se assim numa evidente contradição. Gastam-se milhões com festas e eventos, alegadamente para atrair visitantes, os quais uma vez em Tomar constatam não haver condições básicas para uma estada agradável.
Por falta de opções? De modo nenhum. Mesmo ao lado, temos o ex-estádio municipal, um espaço amplo com relva sintética e iluminação, livre a maior parte das noites. Porque não o usam para espetáculos, ao contrário do que acontece em Coimbra, por exemplo?:



E do outro lado da cidade, na Mata, este amplo terreiro, onde já houve vários espectáculos da Festa dos tabuleiros, aguarda apenas que se lembrem dele, e aproveitem para cortar as ervas que ali vão crescendo, por falta de uso e de manutenção:


Perante tudo isto, correndo o risco de ser uma vez mais acusado de pessimista, por aqueles que, de modo algo infantil, julgam que em Tomar há a obrigação cívica da unanimidade e do optimismo de fachada, ouso escrever que a atitude da senhora vereadora é propositada. Insiste em transformar o Mouchão no palco dos eventos que organiza, para danificar o jardim da burguesia e impedir que os visitantes da camada média alta -todos inimigos de classe- possam ter noites sossegadas no hotel ou na estalagem. Surge então a pergunta: Se os não querem cá, para que os atraem? Para os enxovalhar?
Viva o povo de Tomar! Viva a escolha eleitoral que fizeram! O resultado é cada vez mais brilhante.
Faltam dois anos para a explicação final.


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