Imagem do cortejo do mordomo, numa festa anterior.
Organização da Festa dos tabuleiros
É assim mesmo. As coisas são como são e mais nada.
Festa dos Tabuleiros: ecrãs gigantes vão transmitir o cortejo | Tomar na Rede
Se por acaso ainda tinha dúvidas sobre o posicionamento político de quem manda na Festa dos tabuleiros, elas acabam de ser esclarecidas de vez pelo simpático mordomo Mário Formiga. Numa resposta a um semanário local, citado pelo Tomar na rede, foi claro. Quem o entrevistou, colocou a questão da hora do início do cortejo, que começa às 16 horas, para falar das reclamações do promotores de excursões que vêm de mais longe, e que a essa hora já estão a iniciar o regresso a casa.
O mordomo Formiga nem hesitou: -"O horário está feito há muito tempo. Os agentes turísticos é que têm de ter isso em conta." É assim mesmo! As coisas são como são e mais nada. Tal como acontece com os autarcas e outros governantes, também os dirigentes dos tabuleiros agem como verdadeiros autocratas. Fazem a festa para si e para os seus. Os outros, neste caso os que vêm de longe, que se lixem. Ninguém os manda cá virem.
Presumo que nem terá passado pela cabeça do simpático mordomo, a considerável diferença de situação entre os organizadores da festa e os promotores de excursões. Enquanto Formiga e os que o ajudam podiam, se essa fosse a sua vontade, antecipar o início do cortejo para as quinze horas, três da tarde, praticamente sem qualquer grande prejuízo para o mesmo, salvo talvez o calor, para os promotores não é de todo assim. Por mais que se esforcem, não conseguem reduzir os quilómetros que os separam de casa, e que os obrigam a iniciar o regresso ainda o cortejo não começou. Ir a Roma para ver o Papa, e ser forçado a regressar antes de o ver, eis o supremo sacrifício para alguns excursionistas de mais longe.
Isto está a ficar cada vez mais perigoso, escrevia por vezes o saudoso VPV.
Eeeeeeee
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