Festa dos tabuleiros
Quantos vieram realmente pela festa?
Ainda os tabuleiros não estão todos devidamente arrumados, e já cresce nos meios afectos a expectativa àcerca do total de visitantes que terão descido à cidade. Não se percebe bem porquê. Por um lado, na ausência de entradas pagas, quaisquer totais avançados terão sempre alguma parte de fantasia. Por excesso, se vinda de autarcas e outros entusiastas dos tabuleiros. Por defeito, se calculados pelos que se procuram manter assaz racionais.
Que importância tem afinal, saber por aproximação quantos vieram à festa? Para mostrar que foi um grande êxito? Pode não ter sido, se os descontentes foram muitos e vão fazer promoção negativa, o contrário do pretendido. Ou se os lucros não compensam os gastos.
Como separar, nesses sábios cálculos, os que vieram por causa da festa, dos que teriam vindo mesmo sem festa nem concertos à borla? Não estamos afinal na estação alta do turismo? Enquanto não houver cobrança de entradas, todas as considerações serão apenas conjecturas e o retorno financeiro de quem custeou mesmo, igual a zero. Há, é verdade, a hipotética compra de votos, mas vá-se lá saber, quando chegar o momento, quem vota em quem. Ganharam os comerciantes, os hoteleiros, os restaurantes e cafés? Sejamos honestos e modestos. Ninguém se governa com bons negócios só de quatro em quatro anos, porque os impostos, as rendas e os encargos com pessoal, água e luz, são mensais ou anuais.
Excluindo os pacóvios, os pascácios e os palonços, estou certo que os outros leitores concordarão comigo que a situação documentada na imagem supra é muito perigosa em termos de segurança, e não interessa a ninguém, porque extremamente desconfortável, tanto para residentes como para visitantes. Só os carteiristas se sentirão no seu ambiente preferido. Convém por conseguinte tomar providências, tendentes a evitar que se repita. Ou não? Será melhor aguardar que ocorra um imponderável grave?
Quantos vieram realmente para a festa?
ResponderEliminarCertamente que nem metade dos badalados 750000, e felizmente que isso não aconteceu.
Nem podia acontecer, pois a cidade não tem nem estruturas para receber condignamente o fluxo " normal" de Verão, e não é por terem colocado umas dezenas de sanitário portáteis e destinado alguns descampados mais ou menos próximos da cidade que haveria capacidade de acolher esta massa humana.
É óbvio que a festa como está não é sustentável, nem em termos humanos de participantes ( quantas pessoas vivem atualmente na parte velha da cidade? ) nem especialmente em termos financeiros..
É evidente que a comissão tem pessoas que colaboram e dão o seu melhor, mas por falta de conhecimento de outras festas , quer por ideologia, quer por simples burrice , vai-se insistindo neste modelo.
Viva a festa!!