Tal é a ânsia de aparecer, de ficar na imagem, que em pleno desfile são mais os paspalhos do que os pares dos tabuleiros...
Animação cultural
Cumprir a tradição, não é?
A nossa querida Festa dos tabuleiros é justificada no seu modelo actual de gestão, que já não se usa em lado algum para eventos de tal envergadura, por dois grandes argumentos -cumprir a tradição e promover Tomar. Quanto a promoção, como atrai muito público, sobretudo popular, e a cidade não dispõe de equipamentos de acolhimento turístico à altura, no regresso não serão poucos os visitantes descontentes, que irão depois fazer promoção negativa do destino turístico. E estamos conversados a respeito.
O outro argumento, cumprir a tradição, não passa afinal de uma treta, pelo menos em parte. O modelo que consideram tradicional, canónico, é o de João Simões, de 1950, o primeiro da era moderna e de todo o concelho. E como foi essa edição da Festa grande?
-Exposição e arraial popular no Mercado, acabado de inaugurar;
-Espectáculo musical na Mata, com entradas pagas, mas gratuito para os dos tabuleiros;
- Corrida de toiros, também com entrada franca para portadoras de tabuleiros e seus pares;
-Cortejo do mordomo;
-Cortejos parciais;
-Grande cortejo com 400 tabuleiros;
-Distribuição da "peza".
Setenta e três anos depois, para cumprir a tradição, o cardápio mudou e muito, com o consequente aumento de custos. Além do mencionado acima, excepto o arraial popular e a corrida de toiros, já anunciaram que vamos ter:
-Jogos populares
-Cortejo dos rapazes
-32 ruas populares ornamentadas (embora tomarense, ignorava que havia tanta rua popular em Tomar)
-Grande cortejo com 618 tabuleiros
-10 grandes eventos musicais gratuitos na Várzea grande.
Haja dinheiro, que os tomarenses não querem ou não sabem produzir valor acrescentado, mas mostram ser especialistas a queimar os euros dos contribuintes.
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