Autarquia
Boas maneiras e falta delas
É uma notícia por assim dizer envergonhada, de tão pequena que saiu, mas com foto, publicada no Cidade de Tomar. Só possível num jornalismo atento e escrutinador, como o de MC. Desapareceram os bancos da Praceta de Olivença, aquele logradouro ao fundo da Corredoura. Assim, sem aviso prévio.
Poiso certo de alguns tomarenses com saudades da esplanada da Primorosa, há muito finada, vão fazer falta. Há porém outra questão. O mais provável é que tenham sido retirados para reparações, ou para substituição. Situação normal em qualquer autarquia. Porquê então tão estranha e brusca maneira de agir? Ou trata-se meramente de criar condições para ali instalar uma venda de street food durante os Tabuleiros, ou coisa parecida?
Aqueles frequentadores usuais dos ditos bancos, eleitores e pagadores de impostos como os outros cidadãos da urbe, não merecem uma informação? Assim, pela calada, também parece tratar-se de medida de represália. Maneira de punir quem nem sempre está de acordo com os senhores eleitos que mandam. Ou simples exorbitância de funcionários "casca grossa" em roda livre?
Há ainda outro aspecto condenável. Mesmo tratando-se de substituição, ou de reparações mais profundas, a prática seguida foi diferente da adoptada, ainda há pouco tempo, para a Roda da Mouchão, em que houve informação prévia de que ia ser retirada para reparação. Porquê?
Além disso, admitindo que se trata efectivamente de reparar, porquê levar logo os dois bancos? Não teria sido melhor levar um, reparar, voltar a colocar, e só então levar o outro? Para tudo há maneiras. As boas maneiras e as outras.
Resta agora aguardar os acontecimentos, lamentando que os restantes órgãos de informação nada tenham visto ou sabido, como vem sendo habitual. Realmente, dois bancos a menos ao fundo da rua principal da urbe, onde se costumam sentar uns velhos, que importância tem isso, quando comparado, por exemplo, com o resultado do União de Tomar-Fazendense?
ADENDA, às 21H49 de Fortaleza, em 04/005/2023
Segundo informações entretanto avançadas por amáveis leitores do Facebook, os bancos foram retirados definitivamente, para dar lugar à esplanada de um café, a instalar naquele pequeno local do piso térreo. Como bem comentou Ana Paula Pereira, era perfeitamente possível a coexistência dos dois bancos (com uma capacidade máxima de 8 pessoas) e das cadeiras da esplanada, Mas a ganância falou mais alto. Há gente assim em toda a parte.
Confirma-se igualmente que a informação local só vê e publica notícias que não incomodem a patroa. Bom proveito!
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