domingo, 14 de maio de 2023

Imagem Tomar na rede, com os nossos agradecimentos.

Vida local

Querelas tomarenses

Pelos indícios que aqui vão chegando, a sete horas de avião de Lisboa, suponho que se vai tornando cada vez mais difícil viver em paz em Tomar, devido às constantes querelas intestinas. Dou dois exemplos recentes.
O Tomar na rede titulou uma sua notícia "As "fitas" da festa". Trata-se de uma divergência que só os tomarenses parecem entender, a qual se pode resumir do seguinte modo: O mordomo dos tabuleiros informou que não haveria nomes nas fitas das raparigas portadoras, mas acrescentou que deixava ao critério dos presidentes de junta a decisão final.
O presidente da Serra Junceira, ouvida a AF previamente reunida, decidiu que as portadoras de tabuleiros da Serra e Junceira terão o nome da freguesia em cada fita adereço. Logo o presidente dos Casais Alviobeira proclamou que a ser assim, as portadoras da sua freguesia não se ficarão atrás.
Perante estas três posições, do mordomo, da Serra-Junceira e dos Casais-Alviobeira, fala-se de resmungos entre os restantes presidentes de junta. Não se percebe porquê. Basta-lhes tomar uma decisão cada um, em conformidade com a posição do mordomo.
Outra querela nabantina é a dos bancos do fundo da Corredoura. Após notícias no Tomar na rede e nestas colunas, constatou-se primeiro que os bancos se foram sem qualquer explicação, e depois que estava previsto um café para o local, de acordo com comentários no Facebook.
Feita a respectiva inauguração, com a presença do estado-maior camarário, constatou-se que afinal eram apenas quatro ou cinco mesas, o que não justifica de forma alguma a retirada dos bancos. Eis que surge então a informação que faltava: No Facebook, um tal leitor Silva, se não erro, avança que os bancos foram retirados porque estavam danificados, e que voltarão a ser colocados. Termina com uma frase muito tomarense e no caso muito despropositada: "Antes de escrever, informe-se."
Sucede que o tal Silva está a ver mal o problema. É óbvio que cada cidadão se deve informar, mas para isso há-de haver quem lhe forneça informação. No caso, a câmara mandou retirar os bancos, mas até agora nada disse publicamente a respeito, apesar de até já terem estado no local a comer pastéis de nata.
E as autarquias, que são organismos públicos, estão obrigadas a cumprir a Constituição e as leis, onde se estabelece o direito à informação.
A pergunta final é esta: Como pode uma pessoa informar-se, se não há quem informe, embora tenha a obrigação de o fazer? O povo tem uma expressão chã, muito adequada à situação presente: "Pedem os votos, mas depois estão-se cagando pró pessoal."

 

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