Autarquia
As tais estruturas de acolhimento...
Camião ocupa sete lugares de estacionamento | Tomar na Rede
A notícia é do Tomar na rede. Os outros meios locais não viram, nem souberam de nada, porque não foi comunicado pelos serviços de informação e propaganda da autarquia. Estamos assim há dez anos, praticamente como antes do 25A. Adiante. Um camião estacionou em lugares reservados para ligeiros, ocupando sete desses lugares.
Foi mais um escândalo local dos pequeninos, que provocou alguns comentários indignados, todos reconhecendo que não há em Tomar lugares reservados para estacionamento de pesados de mercadorias. Ou por outra. Há, mas é naquele parque ao lado da estação dos caminhos de ferro, do outro lado da cidade. E são poucos.
E ninguém parece ter reparado num detalhe importante, nem mesmo o autor da notícia. O camião é espanhol, da Comunidade Valenciana (Murcia), conforme está escrito na caixa de carga.
Estamos portanto perante o caso de um visitante espanhol, em turismo de negócios, que à falta de parque mais adequado, e/ou de sinalização eficaz, resolveu desenrascar-se, decerto amaldiçoando o dia em que patrão resolveu mandá-lo para Portugal. Como acontece com dezenas e dezenas de profissionais de turismo, ao volante de autocarros de 55 lugares. O que significa que estamos perante um caso em que é evidente a falta de estruturas de acolhimento turístico. Que funcionem! Não como os WC da Várzea grande, há mais de um ano só para ornamentar, fazendo de conta que.
Mas ninguém fez a ligação, o que mostra que, quando nestas colunas se protesta contra essa lacuna básica das estruturas de acolhimento, a maioria assobia para o lado, enquanto um ou dois maduros arremetem contra o desenvolvimento do turismo, por causa dos baixos salários e da falta de qualificação. Devem estar à espera de uma Auto Europa chave na mão, já com delegados sindicais da cor, eleitos e tudo...
Entretanto vão apoiando implicitamente a maioria existente, que tão bons serviços tem prestado à cidade e ao concelho. Mais uns anitos assim, e seremos a aldeia mais animada e divertida do Ribatejo norte. Sem estruturas básicas, mas com muita cagança.
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