Tomar a dianteira 3 recebeu uma longa mensagem, de um leitor devidamente identificado, que solicitou o anonimato por razões pessoais. Quadro superior brilhante na área da engenharia e planeamento, conhece bastante bem o universo autárquico, por razões que a sua privacidade impede de explicitar aqui.
O que segue foi editado por Tomar a dianteira 3, procurando manter sempre as ideias do original recebido. Os destaques a negrito e a cor são da responsabilidade do editor.
Relativamente aos projectos da Várzea grande, Praceta Raúl Lopes e outros, entendo e disponibilizo-me para o ajudar.
1. O parecer técnico emitido pela equipa de José Delgado relativamente a estes projectos, que permitirá uma decisão politica sobre os mesmos, está correcto.
2. O problema da C.M.Tomar, é que adjudicou por ajuste directo projectos muito complexos a empresas sem capacidade técnica. Imagine o Sr. Professor fazer na sua casa um ajuste directo com o carpinteiro, para ele lhe substituir as torneiras. Será que pode correr bem? Só por mero acaso.
3. A C. M. de Tomar efectuou ajustes directos para projectos a empresas de amigos, sem definir no caderno de encargos dessa adjudicação quais eram as restrições e condicionantes à elaboração dos Projectos de execução, ou mesmo quais os estudos complementares necessários e obrigatórios, ou ensaios.
4. Mais grave ainda, é a própria Câmara de Tomar não querer pré-definir quais as regras de gestão de projecto (um ramo especifico da Engenharia) a cumprir, logo estamos perante uma salada russa em que nada se interliga. Os técnicos sabem bem como fazer, mas os políticos não deixam, uma vez que querem comandar o procedimento em curso.
Depois as pessoas interrogam-se: Como é possível aparecerem tantos trabalhos a mais?
Porque é que não pensaram atempadamente nas coisas como devia ser?
A situação económica e financeira da Câmara de Tomar e do nosso Concelho são demasiado más, mesmo das piores de Portugal. Isto vai ter repercussões sociais muito graves no futuro próximo.
Lembre-se Sr. Professor: Nestes interesses das autarquias nada acontece por acaso."
Isto é um desafio à imprensa local, aos deputados municipais, aos partidos políticos. Terá o eng. razão?
ResponderEliminarDe lamentar a necessidade de preservar o anonimato, embora com esforço possa compreender. Existem as assembleias municipais onde estas questões poderiam ser levantadas. Arrepia constatar que um engenheiro tem minhufa de pedir a palavra, escrever um artigo nos jornais locais, etc..
Não se trata de um anónimo, uma vez que se identificou cabalmente junto do administrador do blogue.É portanto possível garantir que se trata de alguém com adequada preparação académica, grande experiência profissional e conhecimento profundo do mundo autárquico.
EliminarNa opinião de Tomar a dianteira 3 é quanto basta para os leitores saberem que estão a ler uma opinião fundamentada. O resto já seria mero fulanismo despropositado.
Não está escrito que seja um engenheiro, mas também não se afirma que não é.