Mão amiga, a quem aqui agradeço, fez-me chegar um despacho da agência Lusa sobre sanitários públicos em Lisboa. Refere a notícia que a Assembleia Municipal da capital aprovou por unanimidade uma recomendação, apresentada pelo CDS/PP, para que o executivo da capital mande instalar sanitários públicos, pagando essas obras com a taxa turística.
Em Tomar, que se saiba, até agora ainda nenhuma formação política avançou com uma proposta semelhante, nem com uma outra para cobrança de taxa turística nos alojamentos hoteleiros da cidade. Os nossos deputados municipais têm preferido as comissões disto, daquilo e daqueloutro, com os resultados que todos conhecemos. Que Deus os abençoe, se puder.
Verdade seja dita, os parlamentares municipais alfacinhas lá vão votando favoravelmente recomendações importantes para a cidade capital, mas em muitos casos tudo não passa afinal de boas intenções, simples fogo de vista. No mesmo despacho da Lusa, pode ler-se também que, "na apresentação da recomendação para a instalação de novos sanitários públicos, os deputados municipais centristas lembraram que a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou em 2014 uma recomendação do CDS/PP, para instalação de sanitários públicos na zona do Cais do Sodré, "acção que ainda não foi concretizada pelo município".
Ou seja, lá na capital como cá em Tomar, é tudo uma fantochada, para usar um termo popular. Os membros do executivo assistem às sessões do parlamento municipal, mas não vêem nem ouvem. Fazem de conta que nem lá estão. Posteriormente, caso disponha de maioria, como sucede em Tomar, quem lidera a câmara faz o que quer, como quer, quando quer e ainda lhe sobra tempo para se insurgir contra quem ouse criticar. As assembleias municipais, tal como têm funcionando até agora, são simples ornamentos, para fingir que ao nível autárquico vivemos em democracia, quando afinal cada presidente de câmara tem todos os poderes de um ditador. Contra factos não adianta argumentar.
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