Resulta da notícia anterior, traduzida do El Pais online, que desde meados do século passado a população de Veneza já diminuiu para metade. Acrescenta a mesma fonte que a hemorragia demográfica continua, agora ao ritmo de menos mil habitantes/ano. São duas as causas apontadas para tal debandada -a acqua alta, que inunda periodicamente parte da cidade e a invasão turística. Veneza tem, por enquanto, cerca de 55 mil habitantes e Tomar à roda de 37 mil.
Praça de S. Marcos durante a maré alta. À direita o Palácio dos Doges. Ao fundo a catedral.
Uma vez que em Tomar o Nabão não tem marés nem grandes inundações, e por isso há muito que não inunda a baixa da cidade. Considerando igualmente que os 300 mil visitantes anuais do Convento de Cristo estão muito longe dos 24 milhões de Veneza, quais as causas da debandada da população tomarense? Entre 2013 e 2017 os eleitores inscritos no concelho nabantino diminuíram à média de 624 por ano. Porquê?
Já vimos em textos anteriores que o argumento da interioridade e da migração para a faixa costeira não convence ninguém. Assim sendo, que explicação ou explicações para o definhamento de Tomar? Não seria melhor celebrar um ajuste directo com um gabinete de estudos, ou com algum especialista, para estudarem o problema, tentarem encontrar as causas e fornecerem hipóteses de solução? Preferem continuar a aguardar que o problema se resolva, não se vê como? Confiam num improvável milagre para esclarecer o assunto?
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