A ADIRN - Associação para o Desenvolvimento Integrado do Ribatejo Norte, é um organismo sustentado com dinheiros provenientes da União Europeia, que tem uma loja na Rua Infantaria 15 e sede no Convento de S. Francisco, onde naturalmente não paga água nem luz nem aluguer. Gente rica é outra coisa e Tomar tem-se na conta de cidade rica. Depois os contribuintes tomarenses é que pagam. No recibo da água, por exemplo.
Ao que me disseram fontes geralmente bem informadas, um dos problemas da ADIRN, além do excesso de técnicos, do recrutamento endogâmico e do fraco trabalho já realizado, é o próprio nome. Realmente a designação "Ribatejo Norte" só existe mesmo na cabeça de gente que parece viver noutra órbita. Não se dão conta que basicamente o Ribatejo é a lezíria do Tejo, que acaba ali para os lados da Golegã. Daí para cima, qual Ribatejo norte qual carapuça.
(E porque não Beira Sul ou Beira Central? Não convém? Santarém não é o umbigo do mundo, nem do país, e já nem do Ribatejo. Vila Franca de Xira, que não faz parte do distrito de Santarém, tem mais do dobro da população santarena e todas as características do Ribatejo: lezíria, vinha, agricultura extensiva, criação de gado bravo, campinos, touradas, fandango... e as Festas do Colete Encarnado. Tudo num concelho em crescimento, enquanto Santarém vai definhando, agarrados a ideias de outros tempos.)
(E porque não Beira Sul ou Beira Central? Não convém? Santarém não é o umbigo do mundo, nem do país, e já nem do Ribatejo. Vila Franca de Xira, que não faz parte do distrito de Santarém, tem mais do dobro da população santarena e todas as características do Ribatejo: lezíria, vinha, agricultura extensiva, criação de gado bravo, campinos, touradas, fandango... e as Festas do Colete Encarnado. Tudo num concelho em crescimento, enquanto Santarém vai definhando, agarrados a ideias de outros tempos.)
O coordenador da ADIRN, numa foto da Rádio Hertz
Segue-se que a dita ADIRN até já organizou três vezes seguidas a Festa Templária, que depois deixou para a autarquia PS, atitude que ainda ninguém percebeu. Entretanto o seu coordenador viu publicada uma entrevista daquelas que cheiram mesmo a encomenda, num periódico online de que Tomar a dianteira 3 nunca antes ouvira falar, e que pelo jeitos é como os antigos comboios espanhóis, que chegavam quando chegavam. Também o citado periódico, Jornal Novo Almourol de sua graça, só publica quando publica. Basta dizer que a entrevista do líder da ADIRN é de 11 Maio de 2015 e entretanto a última notícia é de 11 de Outubro de 2017. Com semelhante periodicidade, está-se mesmo a ver que vão longe.
Mas voltemos à ADIRN e à tal entrevista do seu coordenador. Para não influenciar os leitores, Tomar a dianteira limita-se a difundir um excerto que pareceu mais significativo:
"Em contraciclo, tomar não tem um grande volume, como seria expectável, porquê?
tomarficou um pouco para trás. Por um lado as freguesias urbanas não foram consideradas, onde poderia haver um maior dinamismo de investimento, e por outro lado nas freguesias rurais, de facto, não constatámos uma dinâmica tão grande, apesar de estarmos sediados em Tomar, e de as pessoas terem aqui acesso à informação. De facto, não houve essa capacidade de aproveitar os fundos. Em alguns projectos que foram aprovados até houve desistências. Estou a lembrar-me de um projecto próximo da Ilha do Lombo que não conseguiu efectuar o projecto por dificuldade de licenciamento e do ordenamento da albufeira de Castelo do Bode. Outro na zona industrial que não levou o projecto para a frente… Creio que Tomar foi o concelho com menos investimento do Subprograma 3 do PRODER deste último quadro de apoio."
Cada um tirará as conclusões que entender. Para ler na íntegra a encomendada entrevista, basta clicar aqui.
"Recrutamento endogâmico"! Rica expressão. Mordaz quanto baste. Uma epidemia incurável. Uma vergonha nacional. Depois admiram-se do crescendo do populismo, do voltar costas à política e aos políticos - e às elites, como propõem os populistas.
ResponderEliminar"Recrutamento endogâmico"! Bem espetada.