segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Nasceu a Associação Humanitária Luís Boavida

António Freitas
“Como é do conhecimento de todos, há alguns meses e de uma forma absolutamente repentina, sem que nada o fizesse prever, foi-me diagnosticada uma doença oncológica a nível cerebral. A violência de um tal diagnóstico, a convivência com a doença  e na luta diária pela vida que eu, e outros como eu, começamos a fazer, leva-nos a repensar todas as nossas prioridades e a encarar a vida de uma forma totalmente diferente. Passamos a dar valor a tantas coisas que até aqui ignorávamos  e a encarar o sofrimento de todos os que nos rodeiam. Nasce um novo olhar pelas necessidades e carências, nossas e dos outros  e aparecem reforçados os laços de solidariedade (…)".

Foto de Fernando Pena, copiada de Tomar na rede
Foi assim que no seus discurso introdutório, perante uma sala cheia do espaço Lodge  com cerca de 150 pessoas de vários quadrantes sociais e políticos, Luis Boavida apresentou a Associação que criou com a sua família “Só se sabe o que é saúde, quando se está doente” foi a frase que serviu de impulso à criação desta  Associação “Luís Boavida”, uma entidade com fins humanitários, apresentada na manhã de sábado, 4 de novembro. “Procuraremos desenvolver mecanismos e abrir caminhos, que possam ajudar a resolver os problemas de quem nos procurar. Daí a criação desta Associação que hoje pretendo dar a conhecer, com fins puramente humanitários e sem quaisquer fins lucrativos”, disse Luís Boavida, acrescentando que vão ser desenvolvidas várias actividades e acções, com vista a atingir este objectivo de cariz humanitário e social. Sem querer competir com as associações sociais existentes, antes complementar,  dinâmico e  muito participativo na vida cultural, desportiva e associativa do concelho como da região, Luís Boavida foi acometido de um ataque convulsivo no dia 27 de junho, quando era candidato à Câmara de Tomar, pelo PSD, sendo obrigado a abdicar para poder iniciar um plano de tratamentos agressivo, que ainda continua, mas que encara com muito optimismo, fazendo a sua vida normal, as caminhadas e tendo uma força anímica tão forte que é meio caminho andado para a cura.
Nesta sessão foram ainda apresentados os principais responsáveis de cada um dos órgãos da associação: António Luís Costa, coordenador do conselho geral (órgão consultivo), Rui Monteiro, presidente da assembleia geral, e Luís Francisco, presidente do conselho fiscal. Todos intervieram, apresentando as suas razões para aderirem ao projecto.
O padre Mário Duarte Farinha, vigário de Tomar, fez questão de dizer algumas palavras, elogiando os propósitos desta associação, que passam por ajudar o próximo, não esquecendo que os laços de amizade com Luis Boavida se reforçaram quando o mesmo esteve, segundo referia “ na  denominada unidade de queimados durante quatro anos”.  Ou seja: foi afastado das suas funções de director financeiro do seu emprego, a  Câmara Municipal de Tomar   e referiu  “Há qualquer coisa de fundamental que une crentes e não crentes: o amor pelos outros”, disse. Saindo à pressa para celebrar uns baptizados, como referiu, antes pediu para unirem  as mãos e em conjunto rezarem um Pai Nosso
No final da sessão, visivelmente emocionado, Luís Boavida agradeceu a presença de todos, referindo que neste dia era um homem que se encontrava de “coração cheio”, o que certamente muito vai ajudar psicologicamente no complexo tratamento da sua doença. Praticamente todos os presentes assinaram a proposta de sócio, cuja quota anual mínima é de 5 euros.
Texto editado por Tomar a dianteira 3

3 comentários:

  1. Será possível saber quantas e quais associações sociais existem no concelho de Tomar e no distrito de Santarém incluindo todas as IPSS?
    Era muito bom para perceber melhor a situação regional e nacional.

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    1. Segundo esta fonte http://www.nersantsocial.pt/instituicoes.aspx
      só no concelho de Tomar há 22 IPSS. E palpita-me que a lsita está incompleta. O resto deixo por sua conta. Afinal basta clicar e ler.

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    2. Agradeço a informação. Vou ler.

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