quarta-feira, 8 de novembro de 2017

A chatice dos sanitários públicos

Em Coruche, o jardim 25 de Abril vai ter instalações sanitárias e um anfiteatro, diz O Mirante aqui. Na óptica do PS tomarense só pode tratar-se de opções erradas do presidente coruchense, por acaso também do PS, que neste caso poderá traduzir-se por Partido Sanitário, em vez de Partido Socialista.
É no mínimo o que deduzo da actuação PS em Tomar. No âmbito das obras de requalificação da Várzea grande, que visam devolver-lhe a dignidade perdida, (dizem eles), soube-se há pouco que está prevista a reabilitação das velhas sentinas, ao lado da antiga abegoaria municipal. Mas também era o mínimo. Salvo sentinas públicas, que instalar ali? Trata-se portanto de algo forçado, a contragosto.
Outra é a música nas obras da estrada da Serra e Praceta Raúl Lopes. Questionada sobre a eventual construção de instalações sanitárias, conforme já aqui foi dito, a senhora presidente chutou para canto. Não é oportuno construir mais naquela zona,  declarou.

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Sanitários da Mata dos 7 montes. No primeiro plano, a recepção que está sempre fechada.

E depois temos os jardins, que são três. O da Mata dos 7 montes até tem sanitários, geralmente limpos, que são os melhores de Tomar, dispondo mesmo de recepção. Mas não dependem da autarquia tomarense. Talvez por isso, não estão sinalizados fora da mata, pelo que os turistas não sabem e os tomarenses esquecem que existem.
Seguem-se o Mouchão e a Várzea Pequena. No Mouchão, lá haver sanitários havia, mas só até ao momento em que a fúria paivina resolveu acabar com eles. Para os substituir, mandou fazer uns mini- sanitários, com um só lugar para homens e outro tanto para senhoras. Simples apoio para os recintos desportivos, mesmo ao lado. Decerto por isso, o das senhoras está sempre fechado. Mulheres a praticar ténis, básquete ou volei fora das escolas, em Tomar??

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As primitivas instalações sanitárias da Cerrada dos cães. Construídas pela Junta Autónoma de Estradas nos anos 60, foram encerradas pela autarquia em 2012, após um longo período de abandono.

A Várzea pequena ainda está pior. Antes havia ao lado os sanitários de S. Gregório, mesmo por baixo da estrada de Leiria. Que até albergaram durante anos o José Carlos, um tomarense vítima da guerra em Moçambique. Realojado o nosso infeliz conterrâneo, foram fechados a tijolo e cimento, para evitar eventuais tentações. E assim estamos.
Outro tanto aconteceu com as sentinas da Cerrada dos Cães, entretanto substituídas pelas da cafetaria, que são públicas e municipais, mas implicam um consumo para se poderem usar, pois o concessionário resolveu encerrar ilegalmente a porta que dá para o exterior, a norte.

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A porta exterior das novas instalações sanitárias da Cerrada dos Cães, municipais e por isso públicas, mas com o acesso pelo exterior ilegalmente encerrado pelo concessionário, para obrigar a passar pelo estabelecimento. Financiadas por dinheiros europeus, não permitem o acesso de cadeiras de rodas.  Nem pelo exterior, nem pela cafetaria. Logo que  a ASAE venha a saber, manda fechar. 

Antes da Cerrada dos Cães, já a autarquia mandara encerrar os sanitários da Rua da Fábrica e os da Levada. Ou seja, é sempre a reduzir, pois quanto menos chatices melhor. Cuidar de sanitários públicos é uma chatice  das grandes. Ninguém quer ir para funcionário público para limpar retretes públicas.
Por conseguinte, os cidadãos e as cidadãs que se vão aliviando conforme puderem, de preferência nos cafés e pastelarias, que os comerciantes também precisam de ganhar a vida. Porque senão não podem pagar impostos, e sem impostos não há funcionários, e sem funcionários não há autarquia, e sem autarquia caímos na anarquia. Ou não ?! Se calhar não.

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