quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Uma contradição, numa cidade com tradição

Só faltava mais esta. É do conhecimento geral que "quanto mais se mexe na dita, mais mal ela cheira." Pois é um um pouco isso que está a acontecer com a propagandeada requalificação da Várzea Grande. Quando os tomarenses virados par estas coisas já estavam conformados com mais uma infelicidade, uma vez que agora, com a maioria absoluta, já sabem à priori que nunca vão ter razão, surge uma bronca. Pequena, mas mesmo assim...
Afirmou a senhora presidente, citada pel'O Mirante online, que "Segundo o estudo prévio para a Várzea grande, não vai haver estacionamento no largo central, como acontece actualmente, dando lugar à colocação de árvores e uma ciclovia. Quem chegar de comboio ou autocarro, vai poder usufruir de um local de serviço de bicicletas partilhadas."
Muito bem. É uma opção com a qual Tomar a dianteira 3 não concorda e já explicou porquê. Todavia, foi a senhora presidente que obteve maioria absoluta, numa consulta em que este blogue nem sequer podia candidatar-se. Por conseguinte, há que aceitar.

Resultado de imagem para fotos da varzea grande em tomar a dianteira

Nesta foto da Várzea grande, o Palácio da Justiça fica do lado esquerdo e a Central rodoviária do lado direito.

O problema é que, logo no parágrafo seguinte da mesma notícia, a autarca-mor tomarense entra em contradição, coisa grave numa terra com tradição: "Os autocarros de turismo vão ocupar uma parte da área central da Várzea grande, junto à Central de camionagem", explicou, acrescentando que pretendem que a Várzea grande seja um espaço para as pessoas desfrutarem."
Ex-professor da especialidade, ficar-me-ia mal ignorar que, naquele contexto, não possa haver uma diferença de campo semântico entre "largo central" e "área central", logicamente a mesma coisa. O que me leva a formular algumas perguntas, que noutro contexto poderiam ser incómodas, não passando contudo no actual de simples figuras de retórica, porque sem esperança de resposta: Afinal, vai ou não vai existir estacionamento no actual tabuleiro central da Várzea Grande? Se houver pessoas passeando, ou simplesmente sentadas (se houver bancos...) na futura Várzea grande, vão desfrutar o quê? Autocarros de turismo estacionados e turistas de passagem?
Acessoriamente, aproveito para louvar a ideia das bicicletas partilhadas para turistas, junto à estação de caminho de ferro. Mesmo a esta distância, parece que já os estou a ver, todos alvoraçados, subindo ao Convento, à senhora da Piedade, aos Pegões ou ao miradouro da Pedreira, tudo locais muito acessíveis de bicicleta...eléctrica bem entendido.
Face a tudo isto, lanço até uma ideia, não tão despropositada quanto possa parecer: Que tal um local de serviço de pares de patins partilhados, ali logo à saída dos Paços do concelho?
Está fora da causa? Então só nos resta tentar atrair os membros do actual executivo para a prática do atletismo, uma actividade muito saudável. Dada a acima referida maioria absoluta, não se vê outra maneira de podermos correr com eles antes de Outubro de 2021...

3 comentários:

  1. Ilustre amigo António Rebelo
    Como homem informado e com natural apetência critica construtiva, sabe dizer-me onde irá realizar-se a Feira de Santa Iria em 2018, tendo em conta que o espaço agora intervencionado irá estar indisponível?

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  2. Ilustre amigo António Rebelo
    Como homem informado e com natural apetência critica construtiva, sabe dizer-me onde irá realizar-se a Feira de Santa Iria em 2018, tendo em conta que o espaço agora intervencionado irá estar indisponível?

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    Respostas
    1. Muito considerado amigo Alcino Gonçalves:
      A senhora presidente da Câmara já respondeu, de modo político, à sua dúvida. Essa resposta está no antepenúltimo parágrafo da crónica "No rumo certo?", de 01/11/2017, no Tomar a dianteira 3.
      A minha opinião é que em 2018, e se calhar até em 2019, a feira continuará a ser na Várzea grande, onde sempre tem sido. -Então e as obras? perguntará o meu preclaro amigo. As obras, por enquanto é só conversa e boas intenções.A senhora presidente até já esclareceu que vão durar um ano, que em 2019 há Tabuleiros, e que não convém que a cidade esteja em obras por essa altura.
      Mais tarde, lá para 2020/2021, (há autárquicas em 20121) deverá então ir para o Flecheiro, uma vez desaparecida (?) a aldeia cigana.
      Se resolverem levá-la para mais longe, para Vale Cabrito, por exemplo, matam-na.

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