"Pesam-se os tempos, e os tempos são maus. Às vezes olha-se à volta e só se vêem personagens menores dedicadas à impostura. O enredo é menor, a arte menor e o fim só pode ser, coerentemente, menor. Não é que uma pessoa esteja à espera de palavras ou acções com proporção épica. A vida não vive do épico. Mas não convém exagerar na falta de decência.
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O século passado foi, sob muitos aspectos, duro de atravessar. Em Portugal, a ditadura de um seminarista com polícia política e prisões para quem não ficasse quietinho e caladinho, menorizava as existências. Certos poemas de Alexandre O'Neill sobre as várias declinações do "modo funcionário de viver" dão isso melhor que tudo o resto."
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