domingo, 17 de março de 2024


Meu Caro Amigo António Rebelo, mais uma vez vem do Brasil o que falta em Tomar e se me permite, já que ninguém lê eu aproveito aqui entre nós, para lhe dizer a minha opinião e no sentido de concordar com quase tudo o que tem vido a abordar sobre este importante assunto, nomeadamente para a nossa terra.
Debate sério, sobre os problemas e qual a estratégia, essa é a questão fundamental para o progresso no futuro de Tomar, já que o passado é bem evidente, foi e é um desastre tremendo, na governação municipal.
Outra coisa é o recrutamento do pessoal político, para a gestão municipal.
Esse foi também um grande problema nos últimos 50 anos e será no futuro.
Ausência de conhecimento político, de gestão pública e de conhecimento de áreas a gerir ou a desenvolver, isso matou como estamos a assistir, qualquer possibilidade de melhoria em qualquer área.
Só o gasto em foguetes aumentou.
Tomar e Portugal, necessitam de um forte abanão e parece estar já em marcha e na ausência de outra via o CHEGA, será possivelmente muito útil para que isso aconteça, razão evidente são já os votos que obteve nesta eleição.
Duas outras questões, que no PS não foram permitidas discutir e que agora se colocam é a base eleitoral actual, são os mais velhos e menos instruídos.
Curioso é, que tendo o PS na sua liderança a geração mais nova (da JS), não atraia os eleitores mais novos, sinal mais do que evidente, da sua errada gestão e estratégia.
Enfim é na mudança de pessoas de estratégia e muito possivelmente, até de partidos, que o futuro pode ser melhor, é já hoje o sinal dado por os eleitores, falta assim o debate, a escolha dos protagonistas a apresentar aos eleitores, os programas e equipas, para uma outra e melhor governação dos interesses da comunidade.
Claro que em Tomar isso é uma impossibilidade, em que o CHEGA, terá agora uma grande possibilidade de fazer acordar, não só o PS, mas também o PSD, de que assim não servem Tomar.
Pena, que numa análise séria e livre a esperança, possa estar noutros novos partidos e não nos que naturalmente o meu caro Amigo, eu também e muitos outros eleitores esperam.
Será que o PS, acorda e faz o óbvio?
Texto de António Alexandre, copiado do Facebook

Política local - debate

Desde o 25 de Abril, 
em Tomar "só o gasto nos foguetes aumentou"


Meu caro conterrâneo e amigo António Alexandre:

Gostei tanto do seu detalhado comentário no Facebook, que resolvi copiá-lo e publicá-lo mais acima, com os meus agradecimentos. Não queria estar agora no seu lugar. Provedor da Santa Casa, haverá leitores que vão decerto pensar que o meu prezado amigo devia era entreter-se a tentar fazer milagres, em vez de criticar os daquela casa onde ambos já fomos felizes, e os outros mais alaranjados.
A mim, o que me preocupa sobretudo, é a manifesta incapacidade dos visados para entenderem o meio humano no qual vivem e trabalham. Como bem sabe, em vez de ouvirem e eventualmente responderem, como é seu direito, tanto a maioria como a oposição acham que o problema são os críticos e a liberdade de informação.
Consideram que estão a governar bem, ou a desempenhar correctamente o seu papel de oposição, e que os que criticam querem apenas roubar-lhes os lugares. Que são gente sem categoria. O mais curioso, é que quase toda a informação local parece também pensar a mesma coisa, mas percebe-se porquê. Têm a mesma origem social, frequentaram as mesmas escolas, vão aos mesmos cafés e restaurantes, e comem dos mesmos orçamentos.
Nestas condições, é óbvio que o Chega aparece agora como a única alternativa possível. Resta apurar se os seus actuais dirigentes saberão estar à altura das circunstâncias. Alguns indícios recentes levam a pensar que há neles um excesso de entusiasmo com o recente sucesso nas legislativas, uma certa euforia,  o que os leva a assumir atitudes tipo César na Gália: "Cheguei, vi e venci". Se assim for, nada feito. Como bem sabem os que foram caçadores, só se deve vender a pele do animal depois de o capturar.
Ganhar a Câmara de Tomar não vai ser nada difícil em 2025. Basta ouvir quem sabe, (um saber de experiência feito), arranjar antes o candidato adequado, um projecto  bem estruturado, e uma lista com fôlego. Daquelas que impõem respeito, mesmo aos adversários. Depois é só fazer uma campanha eleitoral eficaz e aguardar os resultados. 
Haverá bom senso para tanto? Como reza o velho provérbio, "dá tempo ao tempo, e o tempo dá-te todas as respostas." Mas há também o dito milenar chinês, segundo o qual "quando o dedo aponta a Lua, os néscios olham para o dedo". E quando se limitam a olhar para o dedo, ainda nem tudo está perdido. Pior é quando resolvem hostilizar, como é por vezes  o caso em Tomar.

2 comentários:

  1. É sempre positivo ver pessoas reconhecer que o estado do Concelho em particular, e do país em geral, ao fim de 50 anos de democracia é melhor do que era em 1974 mas muito pior do que podia e deveria ser.
    Em Tomar em particular , de um concelho pujante , e de um cidade jardim com um nível de vida bem acima da média do País, estamos remetidos a uma quase aldeia , só de velhos e funcionários públicos.
    Vindo de militantes ou simpatizantes socialistas, a pergunta que se impõe é: QUEM foi responsável por este estado de coisas?
    COMO chegamos a um nível de desenvolvimento baixo, onde os jovens não se fixam no concelho, e somos irrelevantes até a nível distrital?
    Algumas dessas pessoas, já tinham tido conhecimento do mundo e deveriam saber que as ideias socialista/comunistas só trazem miséria aos povos onde se consegue implantar. em nada diferindo das ditaduras ditas de direita.
    Por isso , acho que ao contrário de AGORA virem com textos críticos, lembrem-se que foram/são parte dos militantes que promoveram as nacionalizações, que estão sempre contra o grande capital , querem o Estado em todos os sectores e que acham que a mediocridade é que tem de ser o nível para promover a IGUALDADE.
    Pedir desculpas e tudo fazer para correr com esta camada de parasitas deveria ser a nova militância esclarecida, não textos fora de tempo para aliviar consciências.

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    1. Este seu comentário tem o mérito da frontalidade e o defeito de não conhecer capazmente os alvos. Tanto o Alexandre como eu, somos realmente socialistas e já fomos dirigentes locais e regionais do partido, mas nunca confundimos o PS de Mário Soares e Salgado Zenha com o PCP e outras formações de extrema esquerda. Cabe recordar as lutas em defesa da democracia pluralista, designadamente o célebre comício da Fonte Luminosa, contra a unicidade sindical. Por conseguinte, as acusações que nos faz devem ser endereçadas a outros que não a nós.
      No que me diz respeito, há mais de 30 anos que abandonei o PS e esta minha actividade crítica da Câmara de Tomar não visa aliviar a minha consciência, que sempre esteve e está tranquila, mas apenas tentar ajudar a melhorar a triste situação local. Este seu ataque cerrado ao socialismo ganharia se fosse mais esclarecido e melhor direccionado, pois nem tudo o que se alcançou após o 25 de Abril, que foi muito, é assim tão mau como o pinta, designadamente a liberdade de expressão, o pluralismo sindical, as eleições livres, e por aí adiante, todo um conjunto de liberdades que felizmente lhe permite sem custos uma intervenção de extrema direita ultra, como já não se usa em lado algum.
      A terminar, convém esclarecer que, ao contrário do que escreve, os meus textos nunca estiveram nem estão fora de tempo, porque é sempre oportuno tentar fazer o melhor possível em prol da comunidade à qual se pertence, e também porque eu não me tornei socialista depois do 25 de Abril, mas bem antes. Não desembarquei em Tomar o mês passado. Fui baptizado em S. João Baptista em 1941.
      Votos de boa saúde e boa disposição.

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