sexta-feira, 22 de março de 2024

Imagem copiada de Tomar na rede, como os agradecimentos de TAD3.

Vida local

Mijar fora do penico merece sempre castigo


Tanto em sentido figurado (portar-se mal, criticar, opor-se), como em sentido próprio (urinar em local inadequado) merece sempre castigo. Sobretudo em Tomar, terra de inquisidores que nunca se assumem enquanto tais. Segundo o Tomar na rede (ver link acima) alguém resolveu instalar uma armadilha no urinol improvisado da antiga Gráfica de Tomar, ali na velha Rua Direita da Várzea grande.
É um cantinho muito acolhedor, que há décadas está mesmo a pedir uma boa mijadela, um acto de liberdade e de alívio, para os bebedores vindos dos cafés das redondezas. O problema vem a ser depois o cheiro pestilento, que incomoda os comerciantes e os clientes, que residentes já por ali há poucos, infelizmente.
Havia e  há duas soluções possíveis para o condenável hábito de se aliviar ao ar livre e contra a parede, ou contra uma árvore. Uma prova de masculinidade, com os mais jovens por vezes em sadia competição, a ver quem consegue mijar mais longe. A  solução mais rentável neste caso, todavia de eficácia duvidosa, consistiria em instalar WCs portáteis nas proximidades, mas ninguém está a ver tal coisa na Praça da República, ou mesmo nas ruas adjacentes. Mictórios em plena rua? Deus nos livre de semelhante praga!
A outra solução, bem mais económica e eficaz, seria a colocação pela Câmara de um tapume com chapas de zinco ondulado, acabando com o tal cantinho, até que um dia, em futuras obras de recuperação, os arquitectos encontrem outra solução mais adequada para a incómoda situação. Dá contudo dá muito trabalho, e a autarquia tem excesso de funcionários, mas falta de trabalhadores.
Por enquanto, em vez de se resolver a questão, optou-se por castigar os prevaricadores, à boa maneira tomarense. Que se lixe o mau cheiro e o aspecto pouco agradável. Importante mesmo é pensar nos abusadores a torcerem-se com dores, após terem levado choque na ponta da gaita. O tal sadismo latente. E uma grande gaita, numa terra que até tem a venda da dita, ali antes de Carregueiros.
Desculpem lá qualquer coisinha os que não ficam nada bem na fotografia, mas se somos assim, de que adianta esconder? Todos falhamos. Até o Tomar a dianteira 3, que habituado a outros voos teoricamente mais altos, desta vez resolveu poisar e dar uma bicada num assunto mal cheiroso, procurando mostrar como vivemos realmente. E não adianta disfarçar. "Chassez le natural, il revient au galop", dizem os nossos amigos gauleses. Não perceberam? Estudassem!

 

1 comentário:

  1. São esses mijões e os cagões dos pombos que defecam na maioria da parte urbana e causam milhares de euros de prejuízo. Os autarcas moram em quintas e moradias na parte rural e estão-se a "cagar" para nós, os pobres, porque a eles não os afecta...

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