Autarquia e cidadania
O licenciamento de obras particulares transformou-se numa tragicomédia sórdida
https://radiohertz.pt/tomar-arquiteto-nuno-madureira-miguel-lanca-criticas-ao-funcionamento-da-divisao-de-gestao-urbanistica-camara-ja-teve-de-contratar-empresa-externa-para-atenuar-transtornos-c-video/
Prosseguem os esforços do arquitecto Nuno Madureira para conseguir obter finalmente uma licença para um projecto seu, ali para as bandas de Santa Marta. A autarquia já reconheceu que houve um erro (mais um!), mas quanto a resolver o problema, nem pensar. Outros interesses mais poderosos imperam, e até se sabe quais, mas não se podem denunciar por incapacidade para demonstrar com provas. Seria calúnia. A não ser que entretanto aparecesse muito dinheiro num armário, logo por baixo da presidência...
Incomodado por estar em risco evidente a sua reeleição, o presidente Cristóvão, que recentemente admitiu, numa entrevista ao Mirante, que há na Câmara técnicos que mandam mais que o presidente, desta vez alegou perante o arquitecto queixoso, que há excesso de trabalho e por isso as coisas andam demasiado devagar. Deve ser para o pessoal se rir. (Ver link)
Excesso de trabalho na Câmara, na área do licenciamento de obras particulares? Quer a autarquia fazer o favor de indicar quantos processos de obras foram despachados em 2023? Dividindo esse total, quando vier a ser conhecido, pelos sete arquitectos da DGT, fica-se com uma ideia do vertiginosso ritmo de trabalho daquela casa. A tal produtividade. Até dá sono.
De tal forma assim é que, só depois de reconhecerem o erro no que concerne à REN, e até terem pedido uma exposição para resolver o problema, se lembraram de que afinal também há uma linha de água ao lado da casa proposta para obras, e tiveram outra vez azar. O arquitecto já veio esclarecer, no Facebook, que a dita linha de água não consta no PDM revisto, nem na cartografia em vigor. Deve ser a chamada linha de água de conveniência...
Estamos portanto em Tomar, como os cubanos em La Havana. Já sabem há mais de 70 anos que o regime não funciona capazmente, mas recusam mudar. A culpa, dizem para se justificar, é do embargo americano. Mesmo a gasolina, que apesar da crise permanente, era ao preço da uva mijona, (4,9 litros por um dólar) desde sempre, só há pouco foi aumentada para um preço mais parecido com o mercado.
Embaraçados e sem saber muito bem o que dizer ou fazer para acabar com a farsa, os eleitos da actual maioria tiveram de repente a ajuda inesperada da Filipinha das festas à borla, agora também vereadora das obras e urbanismo. Se calhar sem medir bem o alcance das suas palavras, disse a respeitável vice-presidente, corroborando as palavras do seu presidente, como convém, que procurando minorar as dificuldades, a Câmara já contratou uma empresa privada para tentar remediar. Assim uma espécie de penso moderno numa perna de pau carunchosa.
Mas o caminho parece ser mesmo esse, face à actual tragicomédia e tendo em conta as recentes declarações de Cristóvão, sobre a dificuldade para trabalhar com alguns funcionários mais antigos. Basta celebrar um contrato com um gabinete de arquitectos e engenheiros, para analisarem projectos de obras, a X cada um e no prazo máximo estipulado, cabendo o despacho final e a emissão do alvará ao presidente ou a quem ele nomear, tal como agora acontece.
Então e os funcionários e os seus direitos?!? Passam a ficar sem tarefas atribuídas, sem suplemento de chefia e sem comissão de serviço, o que certamente os levará a mudar de poiso logo que possível, se alguém os aceitar, com o que o concelho só ficará a ganhar. Como o Paiva conseguiu fazer em tempos com uma certa arquitecta, que se foi mas infelizmente deixou o virus. Tomar e os tomarenses precisam muito de servidores públicos honestos, mas estão fartos de aturar cúpidos oportunistas disfarçados de técnicos honrados, que tantos prejuízos já causaram.
Nos idos de 1969 ,os processos na CMT de obras particulares (e na altura Tomar além de toda a industria e o comércio também a construção civil mostrava o se forte dinamismo ), eram analisados poe um único arquiteto avençado que vinha de Lisboa de quinze em quinze dias ,um só dia e o seu meio de transporte era o comboio ,de seu nome Arquiteto Carlos João Chambers Ramos .
ResponderEliminarÉ certo que também não era a forma mais eficaz , mas de então para cá passou-se para o exagero sendo os resultados exatamente os mesmos -a demora .
Vamos ter que esperar, porque a empresa que a Filipinha festarolas vai contratar, vai ser formada precisamente por uns testas de ferro dos srs. funcionários, penso eu, mas normalmente é assim que a coisa funciona, mudas de moleiro mas não mudas de ladrão, assim dizia o povo, quando era povo.
ResponderEliminarA magnífica Filipinha já contratou, porque contratos para festas é com ela, e aquilo na DGT camarária há muitos anos que é uma festa, e das grandes, para alguns. Mas tem razão, Carlos Coelho. Colocando os novos sacerdotes contratados sob a autoridade do bispo da camarilha, as missas só podem continuar a ser as mesmas. Resta a esperança que avancem finalmente para um circuito administrativo terceirizado e sem DGT, para evitar curto-circuitos.
EliminarJá agora tenho a curiosidade de saber qual foi o curso que o presidente Cristóvão tirou e ele era professor do quê? Quando os cvs são muito bons, quando as pessoas tiraram os cursos em grandes universidades e com boas notas geralmente fazem essa informação pública, já quando é o oposto chamam-se a si mesmo sôtores, professores, engenheiros, etc... mas....cala-te boca,
EliminarHugo Cristóvão é professor efetivo de Educação visual, desde 2002, estando vinculado no Agrupamento de Escolas do Alto Lumiar (Lisboa). Licenciado em Ensino e com formação complementar em Comunicação e Políticas públicas, não consegui saber qual o estabelecimento ou estabelecimentos de ensino superior que frequentou.
EliminarPertence à Maçonaria - Grande Oriente Lusitano. É membro do Grupo Consultivo para a integração das comunidades ciganas, do Alto Comissariado para as migrações, em representação da Associação Nacional de Municípios.
Foi músico na Gualdim Pais durante 15 anos.
O António Guterres que se cuide !!!
ResponderEliminarJá o Ex. presidente da assembleia Municipal era professor de trabalhos manuais bem assim como o já antigo professor Rosa Dias !!! Isto é cá um ensino ,cada um safa-se como pode ,não é PÁ ?
Isto o 25/04/1974 deu cada uma ?
Aliás começa na vereação até ao topo !
Vamos ver no próximo domingo ,esta coisa chamada de povo como se vai comportar ,isto é para RIR mas dá vontade de chorar !!!