Nascente do Agroal, no limite da freguesia da Sabacheira. Do lado de Tomar não há nada. Corre a água do Nabão e já não é mau. É a dinâmica dos negócios. Neste caso a falta dela. E temos na freguesia a ETAR de Ourém, que nos vai presenteando regularmente com a poluição do rio. Coisa pouca, que por isso mesmo não incomoda demasiado. Os tomarenses habituam-se a tudo, desde que vá havendo umas festarolas, uns passeios e umas comezainas, tudo à borla, para cumprir a tradição. Grandes vidas, como dizia o outro.

Autarquia e maioria PS

É tal a dinâmica 

que até cega os dinamizadores

Na sua mais recente reunião, a maioria PS local não deixou os seus créditos por mãos alheias. Gabou-se e louvou o seu próprio trabalho. São os novos tempos, já sem preocupações com as boas maneiras ou a ética, tal como a nível nacional. É toda uma cultura e um modo de fazer política, nos quais Tomar a dianteira 3 não se reconhece de forma alguma. (Ler "Um convívio em jeito de magusto", TAD3, 05/11/2023).

De acordo com a acta da antes referida reunião de trabalho, foi decidido realçar "o trabalho dos últimos dez anos [que[ melhorou a dinâmica do concelho e a qualidade de vida dos tomarenses, diferença essa substantiva e notória." Melhor dinâmica e mais qualidade de vida, costumam significar mais população, mais emprego, melhor nível económico, e por aí adiante. Não vislumbrando qualquer desses itens, Tomar a dianteira 3 foi procurar nos resultados eleitorais de 2001, 2013 e 2021. Para poder comparar os três mandatos anteriores a 2013, com os tais 10 anos socialistas, que alegadamente melhoraram a dinâmica do concelho

Primeira surpresa, menos agradável para a maioria socialista local, nos 12 anos anteriores a 2013, a fuga da população foi inferior à verificada nos dez anos seguintes, entre 2013 e 2023. Deixaram então o concelho 2080 eleitores, contra 3418 a partir de 2013.

Segunda surpresa, durante os mandatos do PSD -uns mais atribulados do que outros- houve até duas freguesias (Casais e Carregueiros), cujo eleitorado aumentou, muito ligeiramente. Mais 19 eleitores nos Casais e mais 3 em Carregueiros. Pouca coisa? É verdade, mas as mesmas freguesias perderam, entre 2013 e 2021, em pleno reinado socialista, 309 eleitores nos Casais-Alviobeira e 98 em Carregueiros. Não seria melhor para os socialistas nabantinos encararem a realidade, deixarem-se de bazófias, trabalharem, e respeitarem quem os elegeu?

Falar de dinâmica e de qualidade de vida da população, quando nos últimos dez anos de governação socialista abandonaram o concelho 3.418 eleitores, o que, com os 2080 anteriores perfaz a bagatela de menos 5.498 eleitores que fugiram do dinamismo nabantino nos últimos 20 anos, é claramente um embuste político. Depois queixem-se que é só má-língua!

ELEITORES DESAPARECIDOS DOS CADERNOS ELEITORAIS

FREGUESIAS--------2001-2013----2013-2021-----2001-2021

A. Ribeira-Pedreira........-130...............-240.................-370

Asseiceira......................-148...............-413.................-561

Beselga- Madalena.........-32...............-192.................-224

Carregueiros...................+3.................-98....................-95

Casais-Alviobeira........+19...............-309..................-290

Serra-Junceira............-368.................-90..................-458

Olalhas......................-318...............-246..................-546

Paialvo.......................-90................-282..................-372

Sabacheira...............-151................-115..................-266

S. João-Sta. Maria..-841...............-1071...............-1912

S. Pedro...................-24.................-362.................-386

TOTAIS...............-2080...............-3418...............-5498

Fonte: resultadosautarquicasmai.gov.pt